Quem faz uma vez, faz duas e três.

Quem faz uma vez, faz duas e três.
 ... Quem faz uma vez, faz duas e três.

Indica que um acto, especialmente um mau hábito ou comportamento, tende a repetir‑se depois de ocorrer pela primeira vez.

Versão neutra

Se alguém faz algo uma vez, é provável que repita esse acto.

Faqs

  • Quando se usa este provérbio?
    Usa‑se para alertar sobre a probabilidade de um comportamento se repetir, especialmente quando se trata de hábitos, faltas ou decisões impulsivas.
  • Tem sempre um sentido negativo?
    Não necessariamente; é mais frequente com conotação negativa (hábitos, erros), mas pode ser usado de forma neutra ou irónica para indicar simples tendência à repetição.
  • É um provérbio formal?
    É popular e de uso coloquial; evita‑se em registos muito formais, onde se preferem expressões mais explicativas.

Notas de uso

  • Geralmente usado com sentido cautelar ou crítico, para prever repetição de um comportamento.
  • Pode aplicar‑se a hábitos, erros, faltas disciplinares ou vícios; nem sempre refere inevitabilidade absoluta.
  • Tom coloquial e popular; apropriado em conversas informais e em avisos preventivos.
  • Por vezes usado com ironia para justificar ou desculpar a repetição de uma acção.

Exemplos

  • O João chegou tarde duas vezes esta semana; os colegas comentaram: «Quem faz uma vez, faz duas e três», e decidiram falar com ele sobre o horário.
  • Depois de ela ter vendido a empresa por impulso e ter gostado do resultado, o pai disse: «Quem faz uma vez, faz duas e três» — advertindo‑a para a tendência de repetir decisões emocionais.
  • O treinador avisou o jogador: cometer uma falta grave pode repetir‑se; «quem faz uma vez, faz duas e três» se não mudar a atitude.
  • No contexto de vícios, o provérbio é usado para sublinhar a facilidade de recaída: tentar uma vez pode levar a repetição.

Variações Sinónimos

  • Quem faz uma vez, faz sempre.
  • Quem começa assim, não pára.
  • Uma vez feita, fá‑se outra vez.

Relacionados

  • A ocasião faz o ladrão (quando a oportunidade favorece a repetição de um acto)
  • Mais vale prevenir do que remediar (aconselha prevenir repetição de erros)
  • Vício antigo é difícil de curar (sobre hábitos enraizados)

Contrapontos

  • Nem todo erro ou acto isolado se repete; muitas vezes as pessoas aprendem com as consequências e evitam repetir.
  • O provérbio pode ser injusto se aplicado sem conhecer o contexto pessoal — generaliza comportamentos.
  • Mudança de ambiente, apoio ou aprendizagem podem impedir que um acto se torne repetitivo.

Equivalentes

  • Inglês
    Once you've done something, you're likely to do it again.
  • Espanhol
    Quien hace una vez, hace dos.