Quem foge do moinho, não tem fubá.
Quem evita o trabalho ou os meios necessários não obterá o resultado desejado.
Versão neutra
Quem evita o trabalho necessário não terá o resultado.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, se alguém evita os meios ou o trabalho necessários, não pode esperar obter o produto ou o resultado. É uma forma popular de relacionar acção com consequência. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em situações em que se quer enfatizar a necessidade de cumprir passos práticos para alcançar algo — por exemplo, trabalho, estudo ou negociação — sobretudo em registo informal. - É ofensivo usar este provérbio contra alguém?
Pode ser percebido como admonitório ou crítico se dirigido a uma pessoa; convém avaliar o contexto e as razões da sua inação antes de o usar. - Tem origem histórica concreta?
Não há registo de origem literária precisa; trata‑se de um provérbio de tradição oral ligado à vida rural e ao processamento de cereais em moinhos.
Notas de uso
- Usado para sublinhar a relação entre esforço/meios e resultado; equivalente a exortar alguém a assumir responsabilidade prática.
- Tom geralmente admonitório ou pragmático; pode soar duro se usado directamente contra alguém.
- Mais comum em contextos familiares, informais ou rurais; aplicado também em situações urbanas (estudo, emprego, negociações).
- Nem sempre se aplica quando há barreiras estruturais ou injustiças que impedem o acesso aos meios necessários.
Exemplos
- Se não te inscreves no curso nem estudas, quem foge do moinho não tem fubá — não podes esperar a certificação sem fazer a parte exigida.
- Falaste em querer um negócio, mas recusaste contactar fornecedores; quem foge do moinho, não tem fubá: sem dar esses passos não haverá produtos para vender.
Variações Sinónimos
- Quem não vai ao moinho, não tem fubá.
- Quem não semeia, não colhe.
- Não há recompensa sem esforço.
- Quem não trabalha, não come.
Relacionados
- Proverbial 'quem não semeia, não colhe'
- Expressões sobre esforço e consequência
- Conselhos práticos sobre responsabilidade
Contrapontos
- Quando existem barreiras económicas, sociais ou legais que impedem o acesso aos meios, culpar apenas a pessoa com este provérbio pode ser injusto.
- Recusar determinadas acções por razões éticas ou para evitar exploração não é equivalente a 'fugir do moinho'.
- A curto prazo, evitar certas tarefas (por exemplo, risco excessivo) pode ser prudente e não significar falta de vontade de obter resultados.
Equivalentes
- Inglês
If you don't go to the mill, you won't get the meal. / No pain, no gain. - Espanhol
Quien no va al molino, no tiene harina. / El que no trabaja, no come. - Francês
Qui ne va pas au moulin n'a pas de farine. / On n'a rien sans peine. - Italiano
Chi non va al mulino non ha farina. / Non si ottiene niente senza fatica.