Quem joga cartas, não vigia patas

Quem joga cartas, não vigia patas ... Quem joga cartas, não vigia patas

Quem se distrai com um entretenimento descuida outras responsabilidades e pode sofrer perdas ou prejuízos.

Versão neutra

Quem está distraído com um passatempo descuida outras tarefas que precisam de vigilância.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que, quando alguém se distrai com um entretenimento ou ocupa o seu tempo numa actividade, tende a descuidar outras responsabilidades que exigem atenção, podendo haver perdas ou problemas.
  • Em que contextos se usa?
    Usa‑se para advertir ou criticar quem está desatento em tarefas domésticas, agrícolas, comerciais ou na supervisão de bens e pessoas. Aparece tanto de forma literal (animais, objectos) como figurada (negócios, obrigações).
  • É um provérbio ofensivo?
    Normalmente não; é maioritariamente admonitório ou jocoso. Pode, contudo, ser percebido como crítica se dirigido de forma contundente a alguém.
  • Qual é a sua origem?
    A origem precisa não é conhecida. Trata‑se de um provérbio popular com variantes rurais em que se usa a imagem de quem joga (cartas) e de quem devia vigiar animais (patas/galinhas).

Notas de uso

  • Expressão usada para censurar ou prevenir a desatenção perante tarefas ou bens que exigem vigilância.
  • Tom geralmente coloquial e admonitório; frequente em contextos rurais ou familiares, referindo‑se a animais, objetos ou responsabilidades.
  • Pode ser usada de forma literal (alguém distraído deixa as aves/animais à solta) ou figurada (desatenção em negócios ou tarefas domésticas).
  • Por vezes dita com humor para salientar negligência leve; noutras situações serve como crítica mais séria.

Exemplos

  • Não vás ficar tanto tempo no café a jogar cartas — quem joga cartas, não vigia patas; as ovelhas precisam de ser alimentadas.
  • Deixaram o armazém sem vigilância enquanto todos estavam entretidos com a festa; afinal, quem joga cartas não vigia patas e houve perdas.

Variações Sinónimos

  • Quem joga cartas não vigia galinhas
  • Quem brinca, perde a vigia
  • Enquanto brincas, perdes o que devias cuidar

Relacionados

  • Quando o gato sai, os ratos fazem a festa
  • Mais vale prevenir do que remediar
  • Quem muito brinca pouco trabalha

Contrapontos

  • Há situações em que repartir tarefas ou delegar vigília permite que alguém se entretenha sem prejuízo.
  • A socialização e o lazer são importantes para o equilíbrio pessoal; o provérbio alerta para excessos, não para todo o entretenimento.
  • Em contextos organizados, vigilância e diversão podem coexistir (ex.: turnos, vigilantes).

Equivalentes

  • inglês
    While the cat's away, the mice will play (em contexto: distração leva a descuido ou aproveitamento alheio).
  • espanhol
    Quien juega a las cartas no vigila las gallinas (variante coloquial semelhante).
  • francês
    Tant que le chat n'est pas là, les souris dansent (expresa consequência da ausência de vigilância).