Adverte que agir precipitadamente ou tomar iniciativas arriscadas pode levar a consequências negativas que a própria pessoa provocou.
Versão neutra
Quem sobe a ladeira a correr acaba por sofrer as consequências da sua própria iniciativa.
Faqs
O provérbio refere-se literalmente a morrer? Não. Trata‑se de uma expressão metafórica: 'morrer' enfatiza o dano ou as más consequências que resultam de uma ação voluntária e imprudente.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer alertar ou criticar alguém por uma escolha precipitada ou arriscada cujas consequências eram previsíveis. Evitar quando a pessoa foi coagida ou vítima de terceiros.
É um provérbio ainda usado hoje? Sim, sobretudo em registos informais e regionais; a formulação antiga pode soar moralizadora, por isso algumas pessoas preferem versões neutras.
Notas de uso
Uso figurado para comentar atos voluntários que têm resultados prejudiciais; raramente literal em contextos de morte.
Registo popular e moralizador; comum em conversas informais e em trabalhos que discutem responsabilidade pessoal.
Pode ser usado para censurar imprudência, mas deve evitar-se quando a pessoa foi coagida ou vítima de negligência alheia.
Aplicável em contextos diversos: relações pessoais, decisões financeiras, comportamentos de risco no trabalho, etc.
Exemplos
Ao decidir investir todo o capital sem estudar o mercado, ouviu do gerente: «Quem ladeira acima corre, por sua vontade morre.»
Ela entrou na discussão exaltada e acabou despedida; os colegas lembraram o provérbio para sublinhar que foi escolha sua.
Quando saltou a vedação sem preparação e partiu a perna, os amigos comentaram, com pena, que às vezes a pressa traz males: «Quem ladeira acima corre...»
Variações Sinónimos
Quem sobe a ladeira correndo, por si próprio se prejudica.
Quem corre demais, tropeça.
Quem brinca com o fogo, acaba queimado.
Relacionados
Quem semeia ventos colhe tempestades (consequências das próprias ações).
Quem não arrisca, não petisca (contraponto sobre a necessidade de assumir riscos).
Quem faz a cama que a deite (assumir responsabilidade pelas próprias escolhas).
Contrapontos
Nem toda ação arriscada é censurável: em contextos empresariais ou criativos, assumir riscos calculados pode trazer sucesso (ver «Quem não arrisca, não petisca»).
Não deve ser usado para culpar vítimas de acidentes ou de violência quando não há responsabilidade voluntária.
Em situações de necessidade ou emergência, a pressa nem sempre é negativa; o provérbio generaliza uma lição moral que pode não se aplicar a todos os casos.
Equivalentes
inglês You made your bed, now lie in it. (Responsibility for one's choices)
espanhol Quien sube corriendo la cuesta, por su propia voluntad sufre las consecuencias.
francês Qui monte la côte en courant s'expose aux conséquences de son acte.