Quem ao perigo corre, nele morre.
Advertência de que quem procura ou se expõe deliberadamente a situações perigosas acaba por sofrer as consequências.
Versão neutra
Quem procura perigo acaba por ser prejudicado pelas consequências.
Faqs
- Este provérbio é literal ou figurado?
É figurado: usa‑se para advertir contra comportamentos arriscados e não para afirmar que toda exposição a perigo terminará fatalmente. - Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao aconselhar prudência ou ao criticar quem procura conflitos ou se expõe desnecessariamente a riscos. - Há contextos em que este provérbio não é apropriado?
Sim. Não é adequado para elogiar coragem necessária (ex.: operações de socorro) nem para situações onde o risco foi avaliado e aceite por motivos legítimos. - Qual a origem desta frase?
A origem exacta não é conhecida; trata‑se de sabedoria popular transmitida oralmente, típica de provérbios que aconselham prudência.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar prudência e criticar atitudes imprudentes ou provocatórias.
- Tem um tom moralizador: funciona como aviso ou reprovação, não como descrição literal de eventos.
- Adequado em contextos familiares, sociais e profissionais quando se quer desencorajar riscos desnecessários.
- Não se aplica bem quando o risco é calculado e necessário (por exemplo, intervenções de socorro ou decisões empresariais ponderadas).
Exemplos
- O João insistiu em entrar na floresta sem equipamento e acabou ferido — quem ao perigo corre, nele morre.
- Numa reunião de trabalho: «Se continuarmos a ignorar as falhas de segurança, é uma questão de tempo até algo acontecer — quem ao perigo corre, nele morre.»
- Os pais lembraram ao filho que conduzir em excesso de velocidade é arriscado: 'Quem ao perigo corre, nele morre' — não foi só um sermão, foi um aviso prático.
- Após várias críticas públicas sem precauções, o político perdeu apoio; muitos comentaram que quem ao perigo corre, nele morre.
Variações Sinónimos
- Quem brinca com fogo acaba por se queimar.
- Quem põe a mão no fogo, nela se queima.
- Quem procura o perigo, encontra‑o.
- Quem semeia ventos, colhe tempestades.
Relacionados
- Quem não arrisca não petisca (contraponto sobre risco necessário)
- Mais vale prevenir do que remediar
- A pressa é inimiga da perfeição (sobre precipitação e erro)
Contrapontos
- Em situações onde o risco é calculado e necessário, evitar todo o perigo pode impedir ganhos importantes (ver: 'Quem não arrisca não petisca').
- Actos de coragem ou sacrifício deliberado (ex.: salvar alguém) não se censuram com este provérbio; aí o risco é moralmente justificável.
- O provérbio não distingue entre perigo real e perceção de perigo; avaliação correcta do risco pode tornar a atitude prudente.
Equivalentes
- inglês
He who courts danger will perish in it (equivalent to 'He who plays with fire will get burned'). - espanhol
Quien busca peligro, en él muere / El que juega con fuego se quema. - francês
Qui court au danger y périt / Qui joue avec le feu se brûle. - alemão
Wer mit dem Feuer spielt, wird sich verbrennen.