Quem leva um saco para dar, leva outro para trazer.

Quem leva um saco para dar, leva outro para trazer ... Quem leva um saco para dar, leva outro para trazer.

Ao realizar uma ação que implica entrega ou deslocação, é prudente prever também o regresso ou as consequências — isto pode ser literal (logística) ou figurado (reciprocidade).

Versão neutra

Quando se faz algo para dar (ou entregar), deve-se prever também o que será necessário para regressar ou lidar com as consequências.

Faqs

  • O provérbio é literal ou figurado?
    Pode ser ambos. Literalmente aconselha a levar um saco extra para trazer coisas de volta; figuradamente refere-se a prever as consequências e a reciprocidade das acções.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Use-o ao aconselhar alguém a planear logística (ida e volta) ou ao lembrar que ações de dar podem implicar obrigações ou retorno.
  • Tem origem conhecida?
    Não há origem documentada específica; trata-se de sabedoria popular ligada a práticas de transporte e reciprocidade.
  • É similar a 'o que semeias, isso colherás'?
    Tem semelhança na ideia de consequências e reciprocidade, mas o provérbio do saco enfatiza mais o planeamento prático da ida e volta.

Notas de uso

  • Usa-se em contexto prático para sublinhar a importância de planear a logística de ida e volta (por exemplo, levar sacos para transportar objetos de regresso).
  • Usa-se também de forma figurada para lembrar que dar pode envolver retorno ou responsabilidade posterior (reciprocidade, obrigações ou consequências).
  • Aplica-se em tarefas domésticas, entrega de donativos, visitas a familiares, e em conselhos sobre preparação e prudência.
  • Tomar a frase literalmente é comum em comunidades rurais e contextos de transporte manual; a leitura metafórica é frequente em conversas sobre relações sociais.

Exemplos

  • Fui levar as latas de comida ao asilo e, como sabia que trazia de volta as embalagens vazias, levei outro saco para as recolher.
  • Quando foram à feira vender produtos, lembraram-se do provérbio: quem leva um saco para dar, leva outro para trazer — assim não ficaram com as mãos vazias na volta.
  • Antes de aceitar ajudar os vizinhos a transportar móveis, pensou que teria de trazer de volta as ferramentas; planeou a ida e a volta e não teve problemas.
  • No trabalho, o chefe disse para preparar o material para a formação e também reservar um saco para trazer os materiais usados de volta para arquivar.

Variações Sinónimos

  • Quem dá algo deve prever a volta.
  • Vai com algo para oferecer e traz outro para o retorno.
  • Dá um e prepara o que trazes de volta.
  • Leva um saco para dar e outro para trazer (variante sem vírgula).

Relacionados

  • O que semeias, isso colherás.
  • Não há almoço grátis.
  • Quem dá, recebe (variante popular).

Contrapontos

  • Nem todo ato de dar espera retorno; a generosidade pode ser desinteressada e sem expectativas de contrapartida.
  • Planeamento excessivo da reciprocidade pode transformar gestos de ajuda em transações, reduzindo a espontaneidade e a confiança.
  • Em alguns contextos logísticos, é preferível reduzir viagens (usar sacos reutilizáveis) em vez de duplicar equipamentos para ida e volta.

Equivalentes

  • inglês
    What goes around comes around / Plan for the return trip
  • espanhol
    Quien da, recibe / Lleva algo para dar y otro para traer (variante coloquial)
  • francês
    On récolte ce que l'on sème / Prévoyez aussi le retour