Quem mais não pode, com sua mulher dorme.
Quando não se consegue algo melhor, aceita-se aquilo que se tem — conformar‑se com a opção disponível.
Versão neutra
Quando não há alternativa, aceita‑se o que se tem.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, na ausência de alternativas melhores, aceita‑se aquilo que se tem disponível. Transmite resignação prática mais do que louvor à situação. - É apropriado usá‑lo hoje em dia?
Depende do contexto. Pode ser interpretado como antiquado ou insensível por implicar um papel instrumental da parceira; usar com cuidado em ambientes formais ou diversos. - Qual é a origem do provérbio?
A origem é incerta; trata‑se de um ditado da tradição oral portuguesa sem autoria conhecida.
Notas de uso
- Usa‑se para expressar resignação ou pragmatismo perante a falta de alternativas.
- Tom coloquial; mais comum em contextos rurais ou entre gerações mais velhas.
- Pode soar antiquado ou ter conotação sexista para audiências contemporâneas — usar com cuidado.
Exemplos
- Não conseguimos encontrar um substituto para o aquecedor, por isso vamos manter o que tínhamos — quem mais não pode, com sua mulher dorme.
- Depois das várias propostas recusadas, decidiu aceitar o emprego menos desejado; às vezes, quem mais não pode, com sua mulher dorme.
Variações Sinónimos
- Quem não tem cão, caça com gato.
- Contentar‑se com o que se tem
- Fazer uso do que está à mão
Relacionados
- Quem não tem cão, caça com gato
- Faute de grives, on mange des merles (francês)
- Beggars can't be choosers (inglês)
Contrapontos
- Pode encorajar uma atitude de conformismo em vez de procurar melhores soluções.
- O sentido literal assume uma relação conjugal como recurso, o que pode ser interpretado como reductivo ou desrespeitador nas normas actuais.
Equivalentes
- inglês
Beggars can't be choosers. - espanhol
A falta de pan, buenas son tortas. - francês
Faute de grives, on mange des merles.