Mulher de bigode quere mais que o que pode
A expressão critica quem ambiciona ou pede mais do que é razoável ou possível; usa uma imagem depreciativa (mulher com bigode) como forma de insulto moralizante.
Versão neutra
Quem ambiciona além do que pode arrisca perder o que já tem.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que quem pede ou deseja mais do que é razoável ou possível acaba por perder o que já tem; usa uma imagem pejorativa para sublinhar a censura. - É ofensivo usar esta expressão?
Sim, contém um traço insultuoso e sexista ao ridicularizar a aparência de mulheres; é aconselhável evitar ou substituir por versões neutras. - Quando posso usar uma versão neutra?
Use-a sempre que quiser transmitir a ideia de ambição excessiva sem recorrer a insultos; é adequada em contextos formais e informais sensíveis. - Há provérbios equivalentes noutras línguas?
Sim — por exemplo, em espanhol ‘El que mucho abarca, poco aprieta’ e em inglês expressões como ‘Don’t bite off more than you can chew’ têm sentido parecido.
Notas de uso
- Expressão de uso popular e informal, sobretudo em contextos rurais ou regionais.
- Contém tom insultuoso e sexista por ridicularizar a aparência de mulheres; pode ofender e deve ser evitada em contextos formais.
- Emprega-se para censurar ambição excessiva, pedidos desmedidos ou comportamento considerado inoportuno.
- É mais comum como frase isolada do que integrada em discurso escrito contemporâneo.
- Ao reportar o provérbio, é útil dar uma versão neutra para evitar reproduzir a estigmatização.
Exemplos
- Quando a junta exigiu mais recursos do que o orçamento permitia, ouviu-se um velho ditado: “Mulher de bigode quere mais que o que pode”, como aviso contra excessos.
- Em vez de usar a versão ofensiva, ele disse de forma neutra: “Quem ambiciona além do possível arrisca perder o que tem”, e propôs rever prioridades.
Variações Sinónimos
- Quem tudo quer, tudo perde
- Quem muito quer, pouco tem
- Não peças além da tua alçada
- Quem muito abarca, pouco aperta
Relacionados
- Mais vale o pássaro na mão do que dois a voar
- Não ponhas as mãos onde não chega
- Cada qual na sua medida
Contrapontos
- Frases como esta estigmatizam características físicas (no caso, pêlos faciais) e reforçam normas de género sobre aparência.
- Critica individual sem considerar causas sociais ou económicas que levam alguém a pedir mais (pobreza, desigualdade).
- Em contextos modernos, é preferível usar formulações neutras que condenem o excesso sem insultar grupos sociais.
- Em vez de humilhar, discuta limites reais e condições que permitam ambições sustentáveis.
Equivalentes
- Inglês
Don’t bite off more than you can chew / He who wants everything loses everything - Espanhol
El que mucho abarca, poco aprieta - Francês
Qui veut trop, perd tout - Português (variante neutra)
Quem ambiciona além das suas possibilidades arrisca perder o que tem