Os mais fracos ou com menos recursos são os que acabam por sofrer as consequências ou arcar com os prejuízos.
Versão neutra
As pessoas com menos poder, dinheiro ou influência são frequentemente as que acabam por pagar as consequências de um problema.
Faqs
Qual é a origem do provérbio? A origem exacta é incerta. O uso de imagens como 'bode' ou 'pato' para designar alguém que é injustamente punido é antigo e comum em várias línguas; neste caso não há registo documentado de autoria.
Quando é apropriado usar este provérbio? Quando se quer criticar uma situação em que os mais fracos, pobres ou sem influência acabam por suportar um prejuízo ou culpa que não é proporcional à sua responsabilidade.
O provérbio é ofensivo? Não é em si ofensivo, mas descreve uma situação de injustiça. Deve evitar‑se aplicá‑lo a pessoas concretas de forma depreciativa; serve melhor como crítica a sistemas ou decisões.
Existe variação regional deste ditado? Sim. Em Portugal e noutros países de língua portuguesa costuma usar‑se também 'pagar o pato' ou 'bode expiatório' para ideias semelhantes.
Notas de uso
Usa‑se para criticar situações de injustiça social ou desigualdade onde quem tem menos suporta os custos.
Frequentemente aplicado em contextos económicos, cortes de custos, disputas familiares ou quando se procura um bode expiatório.
Tem tom crítico e pode ser usado de forma irónica para apontar uma decisão injusta ou desigual.
Exemplos
Com os cortes no orçamento, fecharam o apoio às pequenas associações locais — quem menos pode é que paga o bode.
Quando a empresa reduziu salarios, os trabalhadores com menores rendimentos foram os primeiros a ser dispensados; quem menos pode, é que paga o bode.
Na reunião, em vez de discutir responsabilidades reais, escolheram culpar o estagiário — afinal, quem menos pode é que paga o bode.
Variações Sinónimos
Quem menos tem, paga o bode
Quem menos tem, paga o pato
O mais fraco é que paga
Bode expiatório
Relacionados
Pagar o pato
Bode expiatório
Injustiça social
Desigualdade económica
Contrapontos
Nem sempre quem menos tem paga; em alguns casos, os custos são distribuídos ou absorvidos pelos mais ricos.
A expressão critica uma tendência, mas não explica nem resolve as causas estruturais da desigualdade.
Usá‑la como justificação para não procurar soluções pode naturalizar a injustiça.
Equivalentes
inglês The poorest pay the price / The weakest suffer
espanhol El que menos tiene, paga el pato / Pagar el pato