Quem pode o mais, pode o menos

Quem pode o mais, pode o menos.

Se alguém é capaz de realizar uma tarefa mais difícil ou exigente, então também é capaz de realizar uma tarefa mais simples ou menos exigente.

Versão neutra

Se alguém consegue fazer o mais difícil, consegue também fazer o mais simples.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que a capacidade para executar uma tarefa mais difícil implica normalmente a capacidade para executar uma tarefa mais fácil ou menos exigente.
Qual é a origem deste provérbio?
A origem é incerta, mas existe uma forma em latim («Qui potest plus, potest minus») usada em textos jurídicos; a máxima também aparece em várias línguas e na sabedoria popular.
Posso usar este provérbio em contextos jurídicos?
Sim. Em direito e administração é frequentemente recorrido para argumentar que uma competência maior inclui uma menor, embora dependa sempre do enquadramento legal específico.
É sempre verdade que quem pode o mais pode o menos?
Não necessariamente. Existem exceções quando as tarefas exigem competências diferentes, condições físicas distintas, restrições legais ou critérios de segurança.

Usa-se para justificar que, se se tem autoridade ou capacidade para algo maior, também se tem para algo menor (uso comum em direito e administração).
Aplicável em contextos práticos (trabalho, tarefas físicas, decisões profissionais) e em argumentação lógica.
Não é uma regra absoluta: não considera fatores específicos como especialização, condições diferentes, segurança ou limitações legais.
Pode ser invocado para simplificar raciocínios, mas deve ser usado com cautela para não justificar excessos ou autorização indevida.

Se um técnico instala um sistema complexo de irrigação, quem pode o mais pode o menos — instalar um sistema simples também lhe será fácil.
No direito administrativo, se a autoridade tem competência para aprovar um plano municipal amplo, costuma ter competência para aprovar alterações de menor alcance.
Um praticante experiente que domina uma cirurgia complexa tem, em princípio, capacidade para procedimentos mais simples, embora a prática e a equipa possam variar.

Nem sempre é verdade: uma pessoa pode dominar uma técnica altamente específica e não ter competências para uma tarefa aparentemente mais simples que requer outra habilidade.
Condições materiais, regulamentares ou de segurança podem impedir a realização do “menos” mesmo que se saiba fazer o “mais”.
O provérbio pode ser usado indevidamente para justificar autoridade excessiva ou redução de direitos; avaliar sempre contexto e limites legais.