Quem merendas come, merendas deve
Aquele que usufrui de algo (uma merenda, favor ou recurso) tem a obrigação de retribuir ou compensar quem lho deu.
Versão neutra
Quem come a merenda deve compensar quem a deu.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em situações informais para recordar que quem recebe algo deve retribuir: partilhas de comida, favores, empréstimos ou benefícios temporários. - O provérbio implica sempre pagamento em dinheiro?
Não. A retribuição pode ser monetária, um favor recíproco, um gesto de agradecimento ou assumir responsabilidade conforme o contexto. - Pode ser considerado rude dizer isto a alguém?
Depende do tom e da relação. Em tom brincalhão entre amigos costuma ser aceite; numa situação sensível pode ser interpretado como acusação de ingratidão.
Notas de uso
- Usa‑se para lembrar ou advertir sobre a obrigação de retribuição — pode ser literal (pagar uma merenda) ou figurado (devolver um favor).
- Registro: informal; comum em contextos familiares, escolares e profissionais quando se comenta partilhas ou vantagens
- Tom: pode ser usado em tom jocoso, sério ou admonitório, consoante a entoação e o contexto.
- Não implica necessariamente pagamento monetário — a retribuição pode ser um favor, um gesto de agradecimento ou assumir responsabilidade.
Exemplos
- Na pausa, o João comeu a sandes da Ana; ela riu e disse: «Quem merendas come, merendas deve» — fica combinado que o João traz a próxima vez.
- Se aceitaste ajuda para preparar o relatório, lembra‑te: quem merendas come, merendas deve — não faças vista grossa quando for preciso retribuir.
- Quando alguém nos empresta material para o trabalho, o provérbio aplica‑se: usa com cuidado e repõe ou compensa se necessário.
Variações Sinónimos
- Quem come, paga
- Quem come a merenda, que a pague
- Quem usufrui deve retribuir
Relacionados
- Não há almoços grátis (não há almoço grátis)
- Quem dá, recebe (no sentido de reciprocidade)
- Pagar as suas dívidas
Contrapontos
- Há actos de hospitalidade que são oferecidos sem expectativa de retribuição.
- A verdadeira caridade ou dádiva voluntária não implica contra‑exigência.
- Em alguns contextos sociais e culturais é aceitável aceitar sem contrapartida imediata (p. ex. hospitalidade tradicional).
Equivalentes
- inglês
There's no such thing as a free lunch (não existe almoço grátis) — usado como equivalente aproximado sobre obrigação ou custo oculto. - espanhol
El que come, que pague — equivalente direto coloquial. - francês
Qui mange doit payer — versão literal/explicativa.