Quem muito fala e pouco sabe, por asno se gabe.
Alerta contra quem fala excessivamente sem possuir conhecimento, sugerindo que o excesso de conversa revela ignorância.
Versão neutra
Quem muito fala e pouco sabe, mostra a sua ignorância.
Faqs
- Quando posso usar este provérbio?
Pode usar-se para censurar ou aconselhar alguém que se expressa com confiança mas sem conhecimento; é comum em contextos informais, educativos e profissionais para sublinhar a importância de saber antes de falar. - O termo 'asno' torna o provérbio ofensivo?
O termo é pejorativo e pode ser interpretado como um insulto; ao empregar o provérbio convém ter cuidado com a intenção e o público para evitar ferir alguém. - Este provérbio tem origem comprovada?
Não há uma origem documental única conhecida; trata-se de um ditado popular transmitido oralmente, com variantes em várias línguas latinas que remontam a tradições medievais de ditados morais. - Existe uma versão mais moderna ou politicamente correta?
Sim — versões neutras substituem o termo pejorativo por expressões como 'mostra a sua ignorância' ou 'demonstram pouco conhecimento', mantendo o sentido de crítica ao falar sem fundamento.
Notas de uso
- Usado para advertir alguém que se exibe verbalmente sem fundamento.
- Funciona como crítica social sobre ostentação de saber sem prova ou substância.
- Pode ser empregado em contextos educativos, profissionais ou informais para recomendar moderação ao falar.
- Contém um termo pejorativo ('asno') — pode ferir susceptibilidades se dirigido a alguém de forma pessoal.
Exemplos
- Numa reunião, pediu para interromper várias vezes sem trazer propostas concretas; o colega murmurou: «Quem muito fala e pouco sabe, por asno se gabe».
- Nas redes sociais, é comum ver pessoas a debater assuntos complexos com pouca informação; este provérbio aplica-se bem a esses casos.
- Antes de responder ao cliente sem verificar os factos, lembrou-se do ditado e preferiu dizer que ia investigar antes de falar.
Variações Sinónimos
- Quem fala muito, prova que pouco sabe.
- Fala muito quem pouco sabe.
- Quem muito fala, pouco sabe.
- Muito falar, pouca sabedoria.
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca.
- É melhor ficar calado e parecer ignorante do que abrir a boca e dissipar as dúvidas.
- Quem fala o que não sabe, ouve o que não quer.
Contrapontos
- Nem sempre muito falar indica ignorância: em alguns contextos a comunicação extensa pode revelar liderança, experiência ou necessidade de clarificar assuntos complexos.
- Silenciar sempre para evitar parecer ignorante pode impedir aprendizagens e a partilha de ideias válidas por quem ainda está a aprender.
- Em situações de denúncia ou emergência, falar muito pode ser necessário e moralmente obrigatório.
Equivalentes
- inglês
He who talks much and knows little makes a boast like an ass. (Equivalente mais usado: "Better to remain silent and be thought a fool than to speak and to remove all doubt.") - espanhol
Quien mucho habla y poco sabe, por necio se descubre. / Quien mucho habla, mucho yerra. - francês
Qui parle beaucoup et sait peu, se dénonce comme sot.