Quem muito pede, nada tem.
Advertência de que quem exige ou pede em demasia acaba por não conseguir nada — por perder oportunidades, credibilidade ou por dispersar esforços.
Versão neutra
Quem pede demasiado não recebe nada.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se para advertir alguém que faz pedidos excessivos ou irrealistas, especialmente em negociações, pedidos de favor ou ao definir expectativas. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser; tem um tom repreensivo. Melhor usar em contextos informais ou quando se pretende dar um conselho claro, evitando em situações sensíveis. - Qual é a diferença para "Quem muito quer, tudo perde"?
Ambos alertam contra excesso de ambição, mas "Quem muito pede, nada tem" foca mais no acto de pedir/exigir, enquanto o outro recai sobre o desejo ou ambição em geral. - Este provérbio tem origem conhecida?
Não há origem documentada específica; trata-se de sabedoria popular transmitida oralmente, comum em comunidades de língua portuguesa.
Notas de uso
- Provérbio de uso coloquial e proverbial; transmite um conselho prático mais do que uma regra absoluta.
- Aplique-se em contextos de negociação, pedidos de favores, gestão de expectativas e comportamento financeiro.
- Pode ter tom censório se dirigido a uma pessoa; usar com cuidado para não soar insultuoso.
- Não confundir com situação em que pedir é necessário e legítimo (por exemplo, pedir ajuda em situação de necessidade).
Exemplos
- Na reunião, Pedro fez pedidos por tudo e todos; no fim, acabou sem apoio para nenhuma proposta — quem muito pede, nada tem.
- Quando se candidatou a várias bolsas e exigiu condições impraticáveis, ficou de fora de todas; à máxima, quem muito pede, nada tem.
Variações Sinónimos
- Quem muito quer, nada tem.
- Quem tudo quer, nada tem.
- Quem muito abarca, pouco aperta (variação com sentido próximo).
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
- Mais vale pouco e certo do que muito e incerto.
- Não se pode ter tudo.
Contrapontos
- Pedir é ocasionalmente necessário e legítimo — criticar pedidos em si pode ignorar situações de necessidade ou injustiça.
- Em negociações estratégicas, começar com pedidos altos pode ser uma tática; o provérbio não considera essa nuance.
- Culturalmente, há diferenças: em alguns contextos, insistir é visto como determinação, não como excesso.
Equivalentes
- es
Quien mucho abarca, poco aprieta. (aproximado) - en
He who asks for too much gets nothing. (aproximado) - fr
Qui demande trop n'obtient rien. (aproximado) - de
Wer zu viel verlangt, bekommt nichts. (aproximado) - it
Chi troppo chiede, nulla ottiene. (aproximado)