Quem não quer barulho de cabaça, não carrega mais que uma.

Quem não quer barulho de cabaça, não carrega mais que uma.

Quem evita incómodos ou atenção limita o que assume; o medo de problemas impede aproveitar mais oportunidades ou responsabilidades.

Versão neutra

Quem evita o barulho da cabaça não leva mais do que uma.

Faqs

• O que significa exatamente 'cabaça' neste provérbio?
  Cabaça é o fruto seco de algumas plantas (usado como recipiente, instrumento ou guizo). No provérbio simboliza algo que pode fazer barulho ou causar incómodo; figurativamente representa problemas, críticas ou responsabilidades.
• Quando devo usar este provérbio?
  Serve para comentar situações em que alguém recusa tarefas, oportunidades ou bens por medo do incómodo que possam trazer. Use‑o para criticar excesso de cautela ou para destacar que evitar dificuldades limita ganhos.
• Há situações em que o provérbio não se aplica?
  Sim. Quando evitar um encargo é prudente por razões de segurança, saúde ou sustentabilidade, não assumir mais não é limitação mas precaução. O contexto determina se a poupança de 'barulho' é sensata.

Notas de uso

• Usa‑se de forma figurada para criticar excesso de prudência ou relutância em assumir tarefas, riscos ou benefícios.
• Também pode aplicar‑se literalmente quando alguém prefere não levar mais coisas para evitar ruídos ou incómodos físicos.
• Tomar esta ideia como conselho absoluto pode ser falacioso: em certas situações evitar riscos é prudente.

Exemplos

• No trabalho, o Miguel recusa projetos maiores porque não quer mais complicações — como dizemos, quem não quer barulho de cabaça, não carrega mais que uma.
• Se só trouxeres uma garrafa ao piquenique para não fazer barulho com as caixas, vais limitar o que podes partilhar; às vezes é preciso assumir algum incómodo para ganhar mais.
• Ela não se candidatou à chefia por medo das críticas; a atitude de quem evita todo o barulho acaba por limitar as oportunidades.

Variações Sinónimos

• Quem não quer barulho não carrega mais que uma.
• Quem não quer incómodo, não assume muito.
• Quem evita problemas, fica com pouco.

Relacionados

• Quem não arrisca não petisca.
• Não se pode ter o mel e a colmeia.
• Não se ganha sem correr riscos.

Contrapontos

• Evitar responsabilidades ou riscos pode ser uma estratégia racional quando os custos do 'barulho' superam os benefícios.
• Em contextos de segurança, saúde ou gestão financeira, recusar encargos extras pode proteger recursos e pessoas.
• A prudência e a seleção de riscos calculados nem sempre equivalem a perda de oportunidades; agir com cautela pode ser mais sábio do que 'arriscar tudo'.

Equivalentes

• inglês
  Nothing ventured, nothing gained. (Quem não arrisca não ganha.)
• espanhol
  Quien no arriesga no gana. / Quien no quiere ruido, no carga más que una. (Equivalente literal e idiomático)
• francês
  Qui ne risque rien n'a rien. (Quem não arrisca não ganha.)
• italiano
  Chi non risica non rosica. (Quem não arrisca não obtém nada.)
• alemão
  Wer nicht wagt, der nicht gewinnt. (Quem não ousa não vence.)

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