Quem nasce burro, morre burro.
Afirma que a suposta falta de inteligência ou aptidão de uma pessoa é permanente e irreversível.
Versão neutra
Algumas pessoas parecem ter pouca aptidão para certas tarefas e podem ter dificuldade em mudar sem treino, apoio ou motivação.
Faqs
- Este provérbio é ofensivo?
Sim. Usa um termo pejorativo ('burro') para caracterizar alguém como permanentemente incapaz. Pode humilhar e ser considerado discriminatório; é preferível optar por linguagem neutra e construtiva. - Tem fundamento científico?
Não como afirmação absoluta. Existem predisposições e diferenças individuais, mas a aprendizagem, treino e mudanças ambientais permitem melhorar competências ao longo da vida. - Quando é usado na prática?
É usado informalmente para lamentar a repetição de erros ou falta de jeito. Pode aparecer em críticas resignadas ou em tom de brincadeira, mas deve ser evitado em contextos educativos ou profissionais. - Que alternativas usar?
Frases menos ofensivas e mais úteis: 'Precisa de mais treino', 'Com orientação, pode melhorar' ou 'Ainda não encontrou o método certo'.
Notas de uso
- É uma frase pejorativa usada para justificar incapacidade ou falta de esforço, muitas vezes de forma definitiva.
- A utilização pode ser ofensiva: pressupõe traços fixos e desemparados na pessoa em vez de factores sociais, educativos ou circunstanciais.
- Emprega-se frequentemente em conversa informal e coloquial; em contextos formais ou sensíveis deve ser evitada.
- Pode aparecer como comentário irónico ou jocoso entre amigos, mas pode magoar quando dirigida a alguém em sério.
Exemplos
- Quando João falhou o exame outra vez, o pai resmungou: 'Quem nasce burro, morre burro.' — comentário que muitos acharam duro e injusto.
- Em vez de dizer 'Quem nasce burro, morre burro', o professor preferiu encorajar os estudantes: 'Com prática, qualquer um melhora.'
- Usou a expressão para criticar a repetição de erros, mas colegas lembraram que com orientação e treino a situação mudaria.
Variações Sinónimos
- Burro que nasce burro morre burro
- Quem nasce torto, morre torto
- Quem nasce parvo, morre parvo
Relacionados
- Quem não arrisca, não petisca — (diferente no sentido, sobre iniciativa)
- O hábito é uma segunda natureza — (sobre a persistência de comportamentos)
Contrapontos
- A ciência mostra que o cérebro tem plasticidade: competências e comportamentos podem evoluir com treino e ambiente.
- Educação, prática deliberada e suporte social podem alterar desempenho e atitudes ao longo da vida.
- Frases que fixam a identidade como imutável desmotivam a aprendizagem; promover uma mentalidade de crescimento é mais construtivo.
Equivalentes
- inglês
You can't teach an old dog new tricks. - inglês
A leopard can't change its spots. - espanhol
Quien nace bobo, bobo muere.