Quem para os outros abre buraco, nele cai.

Quem para os outros abre buraco, nele cai.
 ... Quem para os outros abre buraco, nele cai.

Advertência de que quem cria armadilhas ou prejuízos para terceiros tende a ser penalizado pelas próprias ações.

Versão neutra

Quem cava um buraco para os outros acaba por cair nele.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que planear ou provocar dano a outra pessoa frequentemente leva a que o autor sofra consequências semelhantes; é uma advertência contra ações maliciosas.
  • Posso usar este provérbio em contextos formais?
    Sim, desde que apropriado ao tom; em textos formais pode preferir-se uma formulação mais neutra (por exemplo, «quem prejudica os outros arrisca-se a ser prejudicado»).
  • Tem origem conhecida ou histórica?
    Não foi fornecida uma origem específica. Frases com esta ideia aparecem em muitas culturas e literaturas, incluindo paralelos bíblicos e provérbios populares europeus.
  • É sempre verdade que quem faz mal acaba por ser apanhado?
    Não necessariamente; o provérbio descreve uma tendência moral e social, não uma lei absoluta. Impunidade e circunstâncias complexas podem impedir que a retribuição ocorra.

Notas de uso

  • Usa-se para reprovar atos maldosos, vingativos ou enganadores dirigidos a outras pessoas.
  • Tem tom moralizador; aplica-se tanto a situações individuais como a comportamentos colectivos (empresas, grupos).
  • Pode ser proferido de forma irónica quando uma tentativa de prejudicar alguém acaba por falhar e voltar-se contra o autor.
  • Não é um enunciado científico nem uma promessa universal — descreve uma tendência moral/social, não uma lei infalível.

Exemplos

  • Ele tentou sabotar a candidatura do rival com mentiras, mas as provas vieram a público — quem para os outros abre buraco, nele cai.
  • A empresa cortou custos de forma desonesta e perdeu clientes; é um caso claro de quem para os outros abre buraco, nele cai.

Variações Sinónimos

  • Quem cava um buraco a alguém, nele cai.
  • Quem arma uma cilada, nela cai.
  • Quem faz o mal aos outros, acaba por sofrer as suas consequências.

Relacionados

  • Quem semeia ventos, colhe tempestades.
  • Não faças aos outros o que não queres que te façam.
  • A justiça tarda, mas não falha (quando usada num contexto descritivo).

Contrapontos

  • Nem sempre quem prejudica alguém é imediatamente prejudicado; impunidade e desigualdades podem permitir que algumas más acções passem sem consequência.
  • Usar o provérbio como justificação para não agir contra uma injustiça (por esperar uma 'retribuição espontânea') pode ser problemática.
  • Aplicar o provérbio de forma determinista pode obscurecer a necessidade de responsabilização legal ou ética.

Equivalentes

  • inglês
    He who digs a pit for others falls into it. / Those who set traps for others may fall into them.
  • espanhol
    Quien cava un hoyo para otro, cae en él.
  • latim (aprox.)
    Qui foveam alii fodit, in eam incidet.