Quem para o bem não presta, para o mal remedeia.

Quem para o bem não presta, para o mal remedeia.
 ... Quem para o bem não presta, para o mal remedeia.

Aquele que não contribui para o bem acaba por facilitar ou favorecer o mal.

Versão neutra

Quem não ajuda a promover o bem, acaba por favorecer o mal.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado quando se quer chamar a atenção para a responsabilidade de agir diante de comportamentos nocivos ou injustiças, sobretudo em contextos comunitários ou éticos.
  • O provérbio implica que as pessoas não mudam?
    Não necessariamente; é uma advertência moral sobre as consequências da inação, mas não exclui a possibilidade de mudança, aprendizagem ou reparação.
  • Pode ser ofensivo dizer isto a alguém?
    Sim. Direcioná‑lo a uma pessoa como acusação direta pode ser interpretado como julgamento. É mais prudente usar o provérbio de forma genérica ou para discutir comportamentos, não para rotular definitivamente alguém.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há um autor ou origem documentada; trata‑se de um dito popular transmitido oralmente na língua portuguesa.

Notas de uso

  • Usado para censurar a inação ou a passividade de alguém perante injustiças ou problemas.
  • Tom moralizante: costuma servir de advertência para assumir responsabilidade social e ética.
  • Registo: coloquial e proverbial; aceita-se em contextos familiares, comunitários e jornalísticos, menos em linguagem muito formal ou académica.
  • Pode dirigir-se tanto a indivíduos como a grupos (ex.: colegas, vizinhos, instituições).
  • Convém evitar interpretações deterministas que neguem a possibilidade de mudança ou reabilitação.

Exemplos

  • Durante a reunião de condomínio, muitos ficaram em silêncio enquanto se adiavam medidas de segurança — quem para o bem não presta, para o mal remedeia.
  • Se ninguém denuncia os abusos no local de trabalho, as más práticas perpetuam‑se; quem para o bem não presta, para o mal remedeia.

Variações Sinónimos

  • Quem não serve para o bem, serve para o mal.
  • Quem para o bem nada faz, para o mal facilita.
  • Quem não contribui para o bom, contribui para o mau.

Relacionados

  • Quem cala consente.
  • A omissão também é ação.
  • O silêncio serve ao opressor.

Contrapontos

  • O provérbio pode ser injusto quando ignora causas estruturais que limitam a ação do indivíduo (medo, falta de recursos, risco pessoal).
  • Generalizar que alguém 'presta para o mal' ignora a possibilidade de arrependimento, educação ou reabilitação.
  • Em situações complexas, a ação imediata pode causar danos; nem toda inação equivale a favorecer o mal.

Equivalentes

  • es
    Quien no sirve para el bien, sirve para el mal.
  • fr
    Qui ne sert pas au bien sert au mal.
  • en
    He who is not fit for good is fit for evil. (tradução literal/aproximação)
  • de
    Wer dem Guten nicht dient, dient dem Schlechten.