Indica a parcialidade de quem é responsável por algo ou alguém: tende a ver beleza ou qualidades nas suas próprias criações, mesmo quando há defeitos evidentes.
Versão neutra
Quem gera a cria, vê graça até nas suas imperfeições.
Faqs
O que significa este provérbio? Significa que quem criou ou é responsável por algo tende a ser parcial e a ver qualidades na sua criação, mesmo quando há defeitos.
Quando devo usar esta expressão? Use-a para indicar, de forma crítica ou bem-humorada, que alguém está a avaliar algo com favoritismo por ter ligação pessoal. Evite em situações em que possa magoar sem necessidade.
É ofensiva? Depende do tom e do contexto. Pode ser jocosa ou crítica, mas usada de modo agressivo pode ferir sentimentos, sobretudo de pais ou autores orgulhosos.
Há provérbios semelhantes noutras línguas? Sim. Em inglês há expressões como 'Every mother thinks her own child handsome' ou 'Beauty is in the eye of the beholder', que transmitem ideia parecida.
Notas de uso
Expressão coloquial usada para apontar um juízo enviesado ou afectivo sobre algo que foi gerado ou cuidado pela pessoa.
Tom frequentemente crítico ou jocoso; pode ser dito em contexto familiar, social ou profissional.
Não é um elogio objectivo: serve para alertar para parcialidade, não para desvalorizar automaticamente a pessoa ou a sua obra.
Evitar usar de forma ofensiva ou humilhante: pode magoar quando dirigido a pais ou autores orgulhosos.
Exemplos
Quando o pai elogiou exageradamente o desenho da filha, alguém comentou: «quem pariu a cria, lhe acha graça na baba», para explicar a parcialidade.
No comité, percebi que o autor do relatório defendia pontos fracos do texto com paixão; pensei: «quem pariu a cria...» — estava a ser suspeitamente parcial.
Ao apresentar o projeto, ela defendeu todas as falhas; o amigo murmurou a expressão para indicar que o afecto a tornava menos crítico.
Variações Sinónimos
Quem pariu a cria, acha-lhe graça.
Amor de mãe é cego.
Toda a mãe acha o filho bonito.
Quem a pariu, gosta dela.
Relacionados
Amor de mãe é cego
Beleza está nos olhos de quem vê
Cada macaco no seu galho (no sentido de aceitar diferenças de opinião)
Contrapontos
Nem tudo o que é nosso é bom — convém avaliar objectivamente.
Distância crítica ajuda a ver defeitos e melhorar a criação.
A apreciação externa tende a ser mais imparcial e rigorosa.
Equivalentes
inglês Every mother thinks her own child handsome. / Beauty is in the eye of the beholder.