Quem quer rir‑se, compra macacos.

Quem quer rir-se, compra macacos.
 ... Quem quer rir-se, compra macacos.

Advertência de que quem procura comportar-se de forma tola ou provocar‑se a si próprio não deve surpreender‑se por ser alvo de troça ou ridículo.

Versão neutra

Quem se expõe à troça não deve surpreender‑se por ser ridicularizado.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado em contextos informais para advertir alguém que está a fazer algo que o expõe à troça. Evite‑o em situações formais ou quando a pessoa é alvo de riso por razões injustas.
  • O provérbio é ofensivo?
    Depende do tom e da intenção. Dito em brincadeira entre amigos pode ser humorístico; usado para humilhar alguém pode ser ofensivo. Tem uma carga censória que pode magoar.
  • Qual a diferença entre este provérbio e 'quem semeia ventos colhe tempestades'?
    Ambos alertam para consequências previsíveis de actos. 'Quem semeia ventos...' refere‑se a resultados graves e inevitáveis de más acções; 'Quem quer rir‑se, compra macacos' foca‑se em provocar ridicularização por comportamento tolo ou exibicionista.
  • Tem uma origem histórica conhecida?
    Não há registo documental claro da sua origem; trata‑se de um dito popular transmitido oralmente na cultura portuguesa.

Notas de uso

  • Uso informal e frequentemente irónico ou mordaz; dirigido a alguém que faz algo manifestamente absurdo ou que se expõe à chacota.
  • Não se recomenda em contextos formais ou profissionais, por poder ser percebido como insulto.
  • Pode ser usado de forma educativa para avisar que certas atitudes atraem riso ou crítica.
  • Em casos de artistas, comediantes ou performancers, o provérbio perde a força de censura e pode ser inaplicável (a exposição é intencional).

Exemplos

  • Se foste para a reunião sem preparar nada e fizeste palhaçadas, quem quer rir‑se, compra macacos — agora não te queixes da troça.
  • Ele publicou aquela teoria sem provas e toda a gente zombou; alguém lhe disse: 'Quem quer rir‑se, compra macacos.'

Variações Sinónimos

  • Quem quer ser ridicularizado procura motivos.
  • Quem dá nas vistas, arranja troça.
  • Quem procura troça, arranja motivos.

Relacionados

  • Quem dá nas vistas, arranja troça.
  • Quem semeia ventos colhe tempestades (regra geral sobre consequências evitáveis).
  • Não provoques a sorte (advertência sobre comportamento imprudente).

Contrapontos

  • Em contextos artísticos ou humorísticos, expor‑se ao riso é intencional e pode ser desejável (o provérbio deixa de ter tom censório).
  • Há situações em que correr riscos públicos traz benefícios (visibilidade, crítica construtiva), pelo que ser alvo de troça não é sempre negativo.
  • Nem toda a crítica ou riso resulta de comportamento tolo; pode decorrer de preconceitos ou injustiça, caso em que o provérbio simplifica em excesso a situação.

Equivalentes

  • English
    If you act foolishly, don't be surprised if people laugh at you.
  • Spanish
    Quien quiere reírse, compra monos. (Uso coloquial; tradução literal e equivalente de sentido.)
  • French
    Qui veut se faire rire, qu'il fasse le singe. (Tradução livre: quem procura fazer figura obtém troça.)