Quem rouba ao jogo, queima ao fogo

Quem rouba ao jogo, queima ao fogo.
 ... Quem rouba ao jogo, queima ao fogo.

Quem engana ou obtém vantagem de forma ilícita sofrerá consequências ou perderá aquilo que ganhou.

Versão neutra

Quem trapaceia no jogo paga as consequências.

Faqs

  • O provérbio é literal ou metafórico?
    É maioritariamente metafórico: refere‑se tanto a jogos e apostas como a outras situações em que se obtêm vantagens desonestas. Raramente descreve um castigo físico literal.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer reprovar uma atitude desonesta ou alertar para as consequências de trapaças, em contextos informais ou discursivos. Evite‑o em acusações formais sem provas.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há registo documental claro; trata‑se de uma expressão popular ligada à tradição oral, possivelmente originada na cultura dos jogos e apostas.
  • É adequado usá‑lo em ambientes profissionais?
    Pode ser usado com cuidado para ilustrar princípios éticos, mas em contextos formais é preferível linguagem precisa e evitar provérbios que possam ser interpretados como acusatórios sem evidência.

Notas de uso

  • Usa‑se sobretudo para censurar a trapaça, a fraude ou ganhos obtidos desonestamente.
  • Pode aplicar‑se em contextos literais (jogos de azar) e metafóricos (negócios, relações pessoais).
  • Invoca a ideia de justiça retributiva: a desonestidade acaba por trazer prejuízo ao próprio.
  • Nem sempre descreve a realidade factual — por vezes quem comete fraude escapa a punição; assim, o provérbio expressa uma norma moral mais do que uma garantia factual.

Exemplos

  • Depois de ser apanhado a marcar pontos de forma ilícita, o jogador foi expulso: quem rouba ao jogo, queima ao fogo.
  • Na empresa, tentou mascarar receitas para obter bónus; quando a auditoria veio ao de cima, percebeu que quem rouba ao jogo, queima ao fogo.

Variações Sinónimos

  • Quem trapaceia no jogo arde no fogo.
  • Quem engana no jogo acaba por perder.
  • O ganho desonesto acaba por levar à perda.

Relacionados

  • Quem semeia ventos, colhe tempestades.
  • Dinheiro fácil dura pouco.
  • Quem tudo quer, tudo perde.
  • O que vem fácil, vai fácil.

Contrapontos

  • Nem sempre há punição: em sistemas corruptos ou quando a trapaça é difícil de provar, o agente pode sair impune.
  • Usar o provérbio como justificativa para penalizar sem provas pode levar a injustiças.
  • O ditado assume que existe um mecanismo (social, legal ou moral) que faz cumprir a sanção; essa premissa nem sempre se verifica.

Equivalentes

  • inglês
    Cheaters never prosper.
  • espanhol
    El que hurta en el juego, acabará mal.
  • francês
    Qui triche au jeu finit mal.
  • alemão
    Wer beim Spiel betrügt, hat am Ende das Nachsehen.