Quem tem de morrer em palheiro, não erra a porta.
Expressa a ideia de que o destino ou a inevitabilidade prevalecem: se algo está destinado a acontecer, nada o impedirá.
Versão neutra
Se for o teu destino, não há como o evitar.
Faqs
- O provérbio é ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar insensível em contextos de luto ou sofrimento. É aconselhável evitar usá-lo para consolar pessoas em situações graves. - Qual é a origem deste provérbio?
A origem exata não é conhecida; trata-se de um ditado popular de raiz rural que reflete conceções tradicionais sobre destino e sorte. - Posso usar este provérbio num contexto profissional?
Geralmente não. É mais apropriado em registo coloquial; em contextos profissionais, é preferível uma formulação neutra que reconheça ação e responsabilidade. - O provérbio apoia a passividade?
Sim, numa leitura literal tende a encorajar uma atitude fatalista. Por isso vale a pena equilibrá-lo com ideias sobre prevenção e esforço pessoal.
Notas de uso
- Registo coloquial, usado sobretudo em contextos informais e familiares.
- Tem uma conotação fatalista ou supersticiosa; é comum em comunidades rurais.
- Pode ser usado para consolar alguém perante um risco ou fracasso, implicando que não havia alternativa.
- Usar com cuidado: pode ser interpretado como insensível quando aplicado a situações sérias (doença, acidente).
Exemplos
- Quando o barco virou, o pescador mais velho disse: 'Não há que culpar a maré — quem tem de morrer em palheiro, não erra a porta', tentando acalmar os outros.
- Perante uma oportunidade perdida, João resignou-se: 'Que se há-de fazer? Quem tem de morrer em palheiro, não erra a porta.'
- Apesar dos recursos gastos no projeto, a equipa finou-se a aceitar: 'Fizemos o possível; se não resultou, é esse o destino.'
Variações Sinónimos
- Quem tem de morrer no palheiro, não erra a porta.
- Quem tem de morrer no celeiro, não erra a porta.
- Está escrito.
- O destino não falha.
Relacionados
- A morte é certa, a hora incerta.
- Deus escreve direito por linhas tortas.
- Que será, será.
Contrapontos
- Interpretações deterministas ignoram a importância da prevenção, do esforço e da responsabilidade pessoal.
- Usar este provérbio para justificar negligência ou falta de preparação pode ser perigoso e eticamente questionável.
Equivalentes
- Inglês
If it's your time to die, you won't miss the barn door. / What's meant to be will be. - Espanhol
Quien ha de morir en el granero, no falla la puerta.