Quem tem necessidade, vive na cidade.
Quem precisa de bens, serviços ou apoio acaba por procurar a cidade, onde há mais recursos e oportunidades.
Versão neutra
Quem precisa de recursos, vai para a cidade.
Faqs
- Este provérbio é antigo?
Não há registo de origem precisa; trata‑se de uma observação sociocultural comum em sociedades com distinção rural/urbana. - Tem conotação pejorativa?
Nem sempre. Pode ser usado de forma neutra para explicar migrações ou, em contextos críticos, para apontar desigualdades. - Ainda é aplicável hoje?
Sim, embora as tecnologias e serviços remotos reduzam parcialmente a necessidade de deslocação; muitas pessoas continuam a migrar por trabalho, saúde e educação.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar ou explicar a migração para áreas urbanas por razões económicas ou de acesso a serviços.
- Pode ter sentido literal (buscar trabalho, saúde, comércio) ou figurado (procura de recursos sociais ou culturais).
- Tem conotação sociológica: sublinha desigualdades entre cidade e campo, sem especificar culpa ou solução.
Exemplos
- Depois de a fábrica fechar na aldeia, muitos jovens mudaram‑se para o porto; quem tem necessidade, vive na cidade.
- Quando faltam cuidados de saúde especializados, as famílias deslocam‑se; isto mostra bem que quem tem necessidade, vive na cidade.
Variações Sinónimos
- Quem precisa, vai para a cidade.
- Quem tem fome, vai à cidade.
- A cidade atrai quem precisa de ajuda.
Relacionados
- A necessidade aguça o engenho (necessidade leva à invenção ou adaptação).
- Quem não tem onde cair morto (expressão sobre extrema pobreza e falta de abrigo).
Contrapontos
- Nem toda a necessidade leva à cidade: muitos procuram redes locais ou alternativas rurais.
- Hoje há serviços digitais que diminuem a dependência exclusiva das cidades.
Equivalentes
- Inglês
Those in need live in the city (or: necessity drives people to the city). - Espanhol
Quien tiene necesidad, vive en la ciudad. - Francês
Celui qui a des besoins vit en ville.