Quem tiver doença, bolsa aberta e paciência.
Quando alguém adoece, precisará frequentemente de dinheiro para cuidados e de paciência para o processo de cura e gestão da situação.
Versão neutra
Quem adoece precisa de dinheiro e de paciência.
Faqs
- Este provérbio é ofensivo para quem está doente?
Não é inerentemente ofensivo; é um comentário prático sobre custos e dificuldades. Contudo, usado com tom indiscreto ou como desvalorização da dor alheia pode ser interpretado como insensível. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em conversas informais para referir as exigências financeiras e emocionais de uma doença, ao falar de planejamento familiar ou ao comentar a realidade dos tratamentos prolongados. - Tem origem literária conhecida?
Não há registo literário claro; é um provérbio popular transmitido oralmente na língua portuguesa. - O provérbio aplica‑se apenas a doenças graves?
Aplica‑se sobretudo a situações que implicam custos e tempo — pode referir tanto doenças graves como tratamentos crónicos ou longos períodos de recuperação.
Notas de uso
- Usado para sublinhar as exigências práticas (custos) e emocionais (tempo, tolerância) de enfrentar uma doença.
- Registo coloquial; aparece em conversas familiares e comentários sobre dificuldades económicas e de saúde.
- Pode ser proferido com tom de conselho prático ou de resignação — atenção para não parecer insensível quando dirigido a quem sofre.
- Aplica-se tanto a doenças individuais como a situações longas (doenças crónicas, tratamentos prolongados).
Exemplos
- Quando o carro do João avariou e ele ficou sem rendimento durante semanas, alguém comentou que, numa doença, é mesmo assim: quem tiver doença, bolsa aberta e paciência.
- Ao fazer o seguro de saúde, a família lembrava‑se do provérbio — se um dia houver doença, convém ter a bolsa pronta e também paciência para o tratamento e recuperação.
Variações Sinónimos
- Quem adoece precisa de dinheiro e paciência.
- Doença exige bolsa aberta e calma.
- Quando vem a doença, vem a despesa e a provação.
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar.
- Saúde é o maior bem.
- Quem não guarda, não tem.
Contrapontos
- Em sistemas de saúde com cobertura pública ampla e seguros, a necessidade de 'bolsa aberta' é reduzida — a ênfase pode passar para cuidados e apoio social.
- Nem sempre a solução é dinheiro: apoio comunitário, organização familiar e cuidados de proximidade podem minimizar encargos.
- O provérbio pode implicar resignação; uma leitura alternativa promove a prevenção e a gestão responsável da saúde.
Equivalentes
- inglês
When illness comes, an open purse and patience are needed. - espanhol
Quien cae enfermo necesita la bolsa abierta y paciencia. - francês
Quand la maladie survient, il faut un porte‑monnaie ouvert et de la patience.