Rato que rói a semente, tem fraco dente.
A advertência contra o consumo ou destruição de recursos essenciais que compromete o benefício futuro.
Versão neutra
Quem consome a semente compromete a colheita futura.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que consumir ou destruir os meios essenciais hoje impede de obter benefícios no futuro; é uma advertência contra a curta‑vista. - Em que situações posso usar este provérbio?
Use‑o para criticar desperdício de reservas, decisões que esgotam recursos comuns, ou ações individuais que prejudicam resultados colectivos no futuro. - É ofensivo chamar alguém de 'rato que rói a semente'?
Depende do tom: pode ser uma crítica severa. É melhor explicar o comportamento criticado (por ex. gastar as reservas) em vez de usar insulto directo. - Tem origem agrícola?
Sim, a imagem das sementes e da colheita é agrícola; o provérbio surgiu em ambientes rurais, embora a origem exacta seja incerta.
Notas de uso
- Usa‑se para criticar ações curtas de vista que esgotam reservas ou meios de sustentação.
- Aplica‑se em contextos económicos, agrícolas e sociais: poupanças, sementes, bens comuns, reservas técnicas, etc.
- Registo: popular e proverbial; costuma ser usado em linguagem corrente e coloquial, raramente em textos formais sem explicação.
- Não é um juízo literal sobre ratos; é uma metáfora sobre consequência e previsibilidade.
Exemplos
- Se gastarmos todo o orçamento do mês nas festas, somos como o 'rato que rói a semente' — depois falta dinheiro para as despesas importantes.
- O agricultor explicou: se alguém rouba as sementes agora, não haverá plantação no outono — é o exemplo clássico do provérbio.
- Numa equipa de trabalho, quem usa os recursos partilhados sem reposição age como o provérbio sugere: está a minar o sucesso de todos.
- Ao cortar a formação e investimento, a empresa arrisca ficar sem talentos no futuro — seria o equivalente a roer a semente.
Variações Sinónimos
- Quem come a semente, fica sem a colheita.
- Quem gasta a reserva, não tem amanhã.
- Quem consome a raiz, não colherá frutos.
Relacionados
- Quem tudo quer, tudo perde.
- Quem não poupa, não tem reserva.
- Semeia hoje, colhe amanhã (contraponto positivo sobre planeamento).
Contrapontos
- Quem não arrisca não petisca — valoriza o uso de recursos para obter ganhos, mesmo com risco.
- Às vezes gastar é necessário para crescer — nem todo consumo imediato é negativo.
- Investir agora para obter mais tarde — foca no uso inteligente de recursos ao invés da mera poupança.
Equivalentes
- inglês
If you eat the seed, you will have no harvest (short‑sighted consumption of resources). - espanhol
El que se come la semilla, no tendrá cosecha. - francês
Qui mange la graine n'aura pas de récolte. - alemão
Wer den Samen verzehrt, wird keine Ernte haben.