Remédio caro faz sempre bem, se não ao doente, ao boticário.

Critica o facto de tratamentos ou soluções caras beneficiarem mais quem os vende do que quem os consome.

Versão neutra

Um remédio caro beneficia sobretudo quem o vende, não necessariamente o doente.

Quando devo usar este provérbio?
Usa-se para criticar ou ironizar sobre preços excessivos ou práticas comerciais que parecem beneficiar sobretudo o vendedor. É apropriado em conversas informais e críticas sociais.
É ofensivo dizer isto a um profissional de saúde ou vendedor?
Pode ser interpretado como acusatório. Em contexto profissional é preferível usar linguagem mais neutra e fundamentada em factos.
Aplica-se apenas à medicina?
Não. Embora faça referência ao contexto farmacêutico, é usado metaforicamente para qualquer bem ou serviço caro que beneficie o vendedor.
Qual é a origem histórica do provérbio?
Trata-se de um ditado de tradição oral em língua portuguesa, com origem incerta; reflete uma crítica social antiga ao lucro sobre a doença.

Usa-se ironicamente para criticar preços elevados ou práticas comerciais lucrativas em contextos de necessidade.
Tom potencialmente acusatório: usar com cuidado em situações profissionais ou formais.
Aplica-se além da medicina: qualquer produto ou serviço que pareça mais beneficiar o vendedor do que o comprador.

Quando lhe apresentaram um preço exorbitante para a operação, ele murmurou: «Remédio caro faz sempre bem, se não ao doente, ao boticário».
Numa discussão sobre tratamentos privados muito dispendiosos, alguém observou que, por vezes, o remédio caro beneficia mais o vendedor do que o cliente.
Ao ver o anúncio de um suplemento milagroso a preço elevado, comentou: 'isto parece-me remédio caro — favorece quem o vende.'

Medicamentos ou tratamentos dispendiosos podem refletir custos de investigação, tecnologia ou produção e, por isso, ser eficazes.
Existem mecanismos de regulação e ética profissional que procuram evitar que o preço prejudique o doente.
Nem todo o preço elevado é sinónimo de exploração; a eficácia e a segurança também importam.

English
An expensive medicine always does good—if not for the patient, then for the pharmacist.
Español
Remedio caro siempre hace bien: si no al enfermo, al boticario.
Français
Un remède cher fait toujours du bien, sinon au malade, au pharmacien.