Sabe mais quem fala menos

Sabe mais quem fala menos.
 ... Sabe mais quem fala menos.

Afirma que a contenção verbal e a moderação no discurso são sinal de prudência e, por vezes, de maior conhecimento.

Versão neutra

Quem sabe, fala menos.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Quer dizer que a contenção verbal e a capacidade de ouvir e refletir são frequentemente sinais de prudência e conhecimento; quem domina um assunto não sente necessidade de se exibir verbalmente.
  • Posso usá‑lo em qualquer situação profissional?
    Serve como comentário acerca de estilo comunicativo, mas tenha cuidado: em contextos onde é preciso intervir, ensinar ou liderar, a ausência de fala pode ser contraproducente.
  • Silêncio é sempre sinal de sabedoria?
    Não. O provérbio aponta uma tendência observada socialmente, mas o silêncio também pode esconder ignorância, indiferença ou cumplicidade; a avaliação depende do contexto.
  • Como distinguir prudência de passividade?
    Avalie intenção e consequências: prudência envolve reflexão e ação adequada quando necessária; passividade tende a evitar responsabilidades e a omitir intervenções úteis.

Notas de uso

  • Usa‑se para elogiar quem demonstra conhecimento sem necessidade de exibir‑lo através de palavras.
  • Comum em contextos sociais, académicos e profissionais para valorizar escuta ativa e sintonia reflexiva.
  • Não deve ser aplicado mecanicamente: silêncio não é prova automática de sabedoria nem justificativa para omissão em situações de injustiça.
  • Em debates ou trabalho em equipa, pode ser impróprio sugerir silêncio quando é necessário esclarecer, instruir ou defender direitos.

Exemplos

  • Na reunião, a Marta falou pouco, mas quando explicou o plano mostrou domínio do assunto — sabe mais quem fala menos.
  • Durante o debate, o professor foi sucinto nas respostas; a sua clareza provou que, muitas vezes, sabe mais quem fala menos.

Variações Sinónimos

  • Quem cala, consente (variação com sentido diferente em alguns contextos)
  • Falar é prata, calar é ouro
  • Águas paradas são profundas
  • Quem fala muito dá pouco crédito ao próprio saber

Relacionados

  • Falar é prata, calar é ouro
  • Águas paradas são profundas
  • Quem fala demais dá com a língua nos dentes
  • Mais vale um bom silêncio do que muitas palavras vãs

Contrapontos

  • Existem situações em que falar é imprescindível: denunciar abusos, ensinar, liderar ou esclarecer mal‑entendidos.
  • O silêncio pode ser interpretado como consentimento, fraqueza ou desinteresse, pelo que não deve ser idealizado em todos os contextos.
  • Algumas culturas valorizam a expressividade e a intervenção verbal; a contenção pode ser lida como reserva excessiva ou falta de compromisso.

Equivalentes

  • inglês
    He who knows much says little / Still waters run deep
  • espanhol
    Quien sabe, calla
  • francês
    Le silence est d'or (O silêncio é de ouro)
  • latim
    Sapientis est tacere (É próprio do sábio calar‑se)

Provérbios