Quem sabe não fala; quem fala não sabe
Sugere que as pessoas realmente informadas tendem a ser mais moderadas e reservadas ao falar, enquanto quem fala muito e com certeza excessiva pode demonstrar ignorância ou falta de compreensão.
Versão neutra
Os que realmente sabem tendem a falar menos; os que falam muito mostram, muitas vezes, falta de conhecimento.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
A origem exacta é incerta; trata‑se de um provérbio antigo difundido em várias línguas e culturas como uma observação sobre humildade e comportamento face ao saber. - Devo sempre seguir este provérbio?
Não necessariamente. É um guia sobre prudência ao falar, mas há situações em que explicar e partilhar conhecimento é essencial, como no ensino e em decisões colectivas. - Pode este provérbio ser prejudicial?
Sim. Se usado para calar debate ou justificar segredo, pode impedir a divulgação de informação útil e o esclarecimento de erros.
Notas de uso
- Usa‑se para elogiar a humildade e a prudência de quem escuta mais do que fala.
- Pode ser aplicado em contextos informais e formais, mas tem um tom crítico quando dirigido a quem exibe excesso de confiança.
- Não é prova lógica de conhecimento: é uma observação social sobre comportamento comunicacional.
- Cuidado: o provérbio pode ser mal usado para desvalorizar explicações legítimas ou silenciar vozes necessárias.
Exemplos
- Na reunião técnica preferi ouvir em vez de intervir — afinal, quem sabe não fala; quem fala não sabe.
- Quando vi tantas opiniões sem provas nas redes, lembrei‑me do provérbio: quem fala alto nem sempre sabe do assunto.
Variações Sinónimos
- Quem sabe cala, quem fala exalta‑se sem saber
- Quem sabe pouco fala muito; quem sabe muito fala pouco
- O sábio fala pouco; o presumido fala muito
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca
- Falar é prata, calar é ouro
- Mais vale a ação do que as palavras
Contrapontos
- Especialistas e professores precisam comunicar conhecimento: saber exige também saber explicar.
- Silêncio não é sinónimo automático de sabedoria; às vezes a partilha e o debate enriquecem o saber.
- O provérbio pode ser usado para intimidar ou censurar opiniões legítimas, sobretudo em contextos de poder.
Equivalentes
- inglês
He who knows does not speak; he who speaks does not know. - espanhol
El que sabe no habla; el que habla no sabe.