Saí‑me ao sol, disse mal, ouvi pior.

Saí-me ao sol, disse mal, ouvi pior.

Ao tentar falar ou explicar algo, acaba-se por ser mal interpretado e receber críticas ou comentários ainda piores.

Versão neutra

Falei e fui mal recebido; ao expor‑me ouvi comentários piores.

Quando devo usar este provérbio?
Use‑o em contextos informais para expressar arrependimento por ter falado e ter agravado uma situação; é apropriado em conversas entre conhecidos.
O provérbio aconselha silêncio permanente?
Não necessariamente; alerta para a necessidade de ponderar antes de falar. Em alguns casos falar é necessário, mas convém fazê‑lo com cuidado.
É um provérbio regional?
Não existem registos claros de origem regional; é entendido no português europeu como expressão coloquial de experiência comum.

Usa‑se para descrever situações em que falar agrava o problema.
Tem tom de arrependimento ou de ironia sobre as consequências de se expor.
Adequado em registos informais e conversas coloquiais; não é expressão formal.
Serve de aviso para ponderar antes de opinar publicamente ou de intervir numa discussão.

Quando tentei explicar o sucedido no trabalho, foi mesmo um caso de 'saí‑me ao sol, disse mal, ouvi pior' — só arranjei mais confusão.
Na discussão com os vizinhos, decidi falar para esclarecer, mas acabei por 'saí‑me ao sol, disse mal, ouvi pior' e peguei mais travão na situação.

Quem cala consente — implica que ficar em silêncio também pode ter consequências.
Não faças aos outros o que não queres que te façam — incentiva prudência, mas não a omissão quando a intervenção é necessária.
A honestidade é o melhor remédio — defende falar apesar do risco de críticas.

Inglês
I spoke up and made things worse; I said something and heard worse in return.
Espanhol
Salí al sol, dije mal y oí peor.
Francês
Je me suis risqué à parler, je me suis mal exprimé et j'ai entendu pire.