Se ao vale a névoa baixar, vai para o mar …

Se ao vale a névoa baixar, vai para o mar, mas se ... Se ao vale a névoa baixar, vai para o mar, mas se p'los montes se atrasa, fica em casa

Regra popular para decidir sair para o mar com base na posição da névoa: se se concentra nos vales, costuma ser mais seguro; se se prende às montanhas, convém ficar em terra.

Versão neutra

Se a névoa permanecer nos vales, ir para o mar pode ser aceitável; se a névoa se mantiver nas montanhas, é melhor não sair.

Faqs

  • O que significa concretamente este provérbio?
    É uma orientação prática, baseada na observação local, para avaliar condições de visibilidade e estabilidade do tempo antes de sair para o mar: névoa nos vales tende a indicar condições costeiras menos adversas do que névoa nas montanhas.
  • Posso confiar só neste provérbio para decidir sair para pesca ou navegação?
    Não. É aconselhável usar este provérbio como complemento à previsão meteorológica, avisos náuticos e instrumentos de bordo. Ele não substitui fontes oficiais nem medidas de segurança.
  • Por que a localização da névoa interessa?
    A posição da névoa reflecte diferenças locais na temperatura e humidade do ar e na circulação do vento. Observadores tradicionais associaram padrões de névoa a condições marítimas favoráveis ou desfavoráveis, mas estas associações variam com o local.
  • É um provérbio de uso geral em Portugal?
    É representativo do tipo de sabedoria popular marítima encontrada em zonas costeiras, embora a formulação e a utilização possam variar entre regiões.

Notas de uso

  • É um saber tradicional ligado à observação local do tempo, muito usado por pescadores e marinheiros costeiros.
  • Refere-se sobretudo à visibilidade e à estabilidade atmosférica; névoa em vales pode indicar condições menos adversas no litoral, enquanto névoa nas montanhas pode sinalizar tempo instável ou frentes que afectem o mar.
  • Não substitui previsões meteorológicas modernas, cartas de navegação ou instrumentos de segurança; deve ser usado só como orientação complementar.
  • A aplicação prática varia conforme a região e a configuração local do relevo e da costa.

Exemplos

  • O pescador olhou para os vales: a névoa baixava ali, por isso decidiu zarpar cedo antes que o vento mude.
  • Havia névoa agarrada às serras; lembrando o provérbio, o capitão preferiu ficar em porto e consultar a previsão meteorológica.
  • Quando a névoa se formou apenas nas encostas, os pescadores locais entenderam que a visibilidade no litoral seria razoável e organizaram a saída.
  • Na vila, os mais velhos aconselharam a população a não subir para as montanhas enquanto a névoa lá se agarrasse, por causa do risco de visibilidade reduzida e humidade.

Variações Sinónimos

  • Névoa no vale, vai ao mar; na serra, fica em terra.
  • Névoa rente ao chão — bom para o mar; se sobe à serra — fica na casa.

Relacionados

  • Provérbios e ditos meteorológicos populares
  • Sabedoria tradicional de pescadores
  • Regras práticas de visibilidade e segurança no mar

Contrapontos

  • Meteo‑instrumentação e previsões oficiais são mais fiáveis que regras populares para decidir sair para o mar.
  • Névoa no litoral ou sobre o mar pode surgir independentemente da posição da névoa em terra e reduzir severamente a visibilidade.
  • Regra regional: o efeito observado num local pode não valer noutra costa com relevo diferente.

Equivalentes

  • inglês
    If the fog lies low in the valley, go to sea; if it clings to the hills, stay ashore.
  • espanhol
    Si la niebla baja al valle, vete al mar; si se apega a las montañas, quédate en casa.
  • francês
    Si le brouillard descend dans la vallée, va en mer; s'il s'accroche aux montagnes, reste chez toi.