Se o olho não mira, o coração não suspira
A ausência de contacto visual ou de exposição reduz a intensidade do desejo ou da preocupação.
Versão neutra
O que não se vê, deixa de ser desejado ou lembrado com intensidade.
Faqs
- Este provérbio tem origem conhecida?
Não há uma origem documentada específica; trata‑se de uma observação popular partilhada por várias culturas, com versões equivalentes em muitas línguas. - Posso usar este provérbio para justificar evitar problemas?
Pode ser usado para descrever o fenómeno, mas não é um conselho prático: ignorar um problema raramente resolve as suas causas e pode agravá‑lo. - O provérbio aplica‑se sempre às relações afectivas?
Não sempre. Em algumas pessoas a ausência pode aumentar a idealização e a saudade; noutras, o afastamento reduz o apego. Depende da pessoa e do contexto.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar que aquilo que não vemos tende a deixar de nos afetar emocionalmente.
- Emprega‑se frequentemente em contextos amorosos, de ciúmes ou quando se evita enfrentar uma situação incómoda.
- Registo coloquial e proverbial; adequado em conversa informal e em escrita reflexiva.
- Não é uma regra psicológica universal — funciona como observação popular sobre a atenção e a memória.
Exemplos
- Depois de terminar a relação e cortar o contacto, ela percebeu que, de facto, se o olho não mira, o coração não suspira: a saudade foi diminuindo com o tempo.
- Fechou as redes sociais e deixou de ver as novidades dos colegas; passou a sentir menos ansiedade — prova prática de que muitas preocupações dependem do que vemos.
- Alguns pais usam este princípio ao deixar brinquedos fora de vista: sem estímulo visual, a criança perde o interesse mais rapidamente.
Variações Sinónimos
- O que os olhos não veem, o coração não sente
- Longe dos olhos, longe do coração
- O olho que não vê, o coração que não dói
Relacionados
- Out of sight, out of mind (equivalente em inglês)
- Longe dos olhos, longe do coração
- Quem não se mostra, não é lembrado
Contrapontos
- A ausência pode intensificar o desejo em vez de o diminuir (saudade, idealização).
- Memórias, hábitos e laços afectivos persistem mesmo sem estímulos visuais.
- Em situações de preocupação (por exemplo, com a saúde de alguém), a falta de contacto visual não impede a ansiedade.
- A cultura digital altera a dinâmica: imagens e recordações mantidas online podem manter ou aumentar o sentimento.
Equivalentes
- Inglês
Out of sight, out of mind - Espanhol
Ojos que no ven, corazón que no siente - Francês
Loin des yeux, loin du cœur - Alemão
Aus den Augen, aus dem Sinn - Italiano
Occhio non vede, cuore non duole