Se queres a paz, prepara-te para a guerra.
Para garantir ou dissuadir a ocorrência de conflito, é necessário estar preparado e capaz de responder ou defender‑se.
Versão neutra
Para manter a paz, convém estar preparado para prevenir ou enfrentar conflitos.
Faqs
- O provérbio significa que devemos sempre iniciar a guerra?
Não. A expressão refere‑se sobretudo à necessidade de preparação e capacidade de resposta como forma de dissuasão ou de estar pronto para defender a paz, não a uma apologia automática da agressão. - Em que contextos se usa hoje em dia?
Aplica‑se em contextos militares, de segurança pública, proteção civil, cibersegurança, gestão de crises e mesmo em organizações privadas que planeiam a prevenção e resposta a riscos. - Há críticas a este princípio?
Sim. Críticos apontam que a militarização e o gasto excessivo em armamento podem alimentar tensões e negligenciar soluções diplomáticas e causas estruturais dos conflitos.
Notas de uso
- Usa‑se tanto em sentido literal (preparação militar e defesa) como metafórico (segurança pessoal, empresarial ou política).
- Implica a ideia de dissuasão: a capacidade de resposta reduz a probabilidade de agressão por terceiros.
- Pode ser invocado para justificar investimento em prevenção, treino, planeamento e recursos de defesa.
- Não determina necessariamente que a guerra deva ser iniciada; enfatiza preparação e prontidão.
Exemplos
- No conselho municipal, argumentaram que melhorar as infraestruturas de emergência era essencial: «Se queres a paz, prepara‑te para a guerra» — isto é, prepara‑mo‑nos para reduzir riscos e responder rapidamente.
- A empresa reforçou a segurança informática e os planos de contingência: num mundo de ameaças digitais, aplica‑se a máxima «Se queres a paz, prepara‑te para a guerra» — prevenção e capacidade de resposta evitam prejuízos maiores.
Variações Sinónimos
- Si vis pacem, para bellum (latim)
- Quem quer paz, prepara‑se para a guerra
- Para haver paz, convém estar preparado para a guerra
- A melhor dissuasão é a boa preparação
Relacionados
- Mais vale prevenir do que remediar
- A melhor defesa é o ataque (no sentido de iniciativa estratégica)
- Paz armada (conceito político)
Contrapontos
- Excesso de preparação militar pode provocar corrida às armas e aumentar tensões em vez de prevenir conflitos.
- Diplomacia, negociação e construção de confiança são alternativas ou complementos que por vezes resolvem disputas sem recurso à força.
- A preparação orientada apenas para a guerra pode desviar recursos de políticas sociais e de prevenção estrutural das causas do conflito.
Equivalentes
- Latim
Si vis pacem, para bellum - Inglês
If you want peace, prepare for war - Espanhol
Si quieres la paz, prepárate para la guerra - Francês
Si tu veux la paix, prépare la guerre - Alemão
Willst du Frieden, bereite den Krieg vor