Se tens vento e depois água, deixa andar, que não faz mágoa

Se tens vento e depois água, deixa andar, que nã ... Se tens vento e depois água, deixa andar, que não faz mágoa

Conselho para não reagir a contratempos passageiros: deixar correr quando a situação não causa dano.

Versão neutra

Se é algo passageiro e sem prejuízo, não vale a pena intervir — deixa andar.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que, quando algo é passageiro e não causa dano, é melhor não reagir nem criar conflito: deixar as coisas seguirem o seu curso.
  • Em que situações não devo aplicá-lo?
    Não deve ser aplicado quando há perigo, prejuízo real, repetição do problema ou violação de direitos — nessas situações a intervenção é necessária.
  • É um provérbio comum em Portugal?
    É uma expressão de tom popular e coloquial. A origem exacta não é documentada, mas encaixa num grupo de provérbios que aconselham a moderação e a resignação.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar calma e resignação perante problemas temporários ou incómodos de pouca gravidade.
  • Não é adequado quando a situação provoca dano real, repete-se com frequência ou exige intervenção (saúde, segurança, justiça).
  • Tom: frequentemente coloquial e paternal; funciona como forma de moderar reacções emotivas ou evitar conflitos desnecessários.
  • Pode aplicar-se a desacordos leves, boatos, pequenos erros ou mudanças circunstanciais que se resolvem sozinhas.

Exemplos

  • Quando o vizinho se zangou por causa do barulho, lembrei-lhe 'se tens vento e depois água, deixa andar, que não faz mágoa' — ao fim de umas horas acalmaram-se as coisas.
  • Perdemos o autocarro, mas era só esperar o seguinte; como costuma dizer a avó, 'se tens vento e depois água, deixa andar' — não vale a pena stressar por isso.

Variações Sinónimos

  • Deixa correr
  • Não faças tempestade em copo de água
  • Não vale a pena chorar pelo que passa

Relacionados

  • Deixa correr
  • Não faças tempestade em copo de água
  • Mais vale resolver com calma do que reagir impulsivamente

Contrapontos

  • Quando há prejuízo concreto (financeiro, físico ou legal), a recomendação não se aplica — é preciso agir.
  • Se um problema se repete, deixar andar pode perpetuar injustiças ou facilitar abusos; aí é necessário intervir.
  • Em contextos profissionais ou de responsabilidade (segurança, saúde), a cautela de não reagir deve ser substituída por ação responsável.

Equivalentes

  • inglês
    Don't sweat the small stuff / Let it go
  • espanhol
    Déjalo correr / No merece la pena enfadarse
  • francês
    Laisse faire / Ne t'en fais pas pour si peu
  • italiano
    Lascia correre / Non ti agitare per poco

Provérbios