Sinto muito, mas chorar não posso.

Expressa pesar ou arrependimento, ao mesmo tempo que afirma incapacidade ou recusa de demonstrar emoção através do choro.

Versão neutra

Lamento, mas não consigo chorar.

Quando se usa esta expressão?
Usa-se para indicar pesar sem exteriorizar emoção; aparece em contextos formais, literários ou em situações em que o falante não pode/deseja chorar.
É um provérbio tradicional?
Não é um provérbio popular amplamente documentado; funciona mais como frase de carácter literário ou expressivo.
Pode ser interpretado de forma negativa?
Sim — dependendo do contexto, pode sugerir frieza, resistência a pedir apoio ou repressão emocional.

Tom muitas vezes formal, literário ou dramático — pode revelar estoicismo, fadiga emocional ou limitação prática.
Usa-se quando se quer mostrar que se lamenta por algo, mas não consegue (ou não quer) exteriorizar esse lamento com lágrimas.
Pode ser irónico: o falante afirma que não pode chorar por motivos concretos (como obrigação, falta de privacidade) ou emocionais (entorpecimento).
Em contexto teatral ou poético, funciona como recurso para sublinhar conflito interno.

Ao receber a notícia da perda, disse: «Sinto muito, mas chorar não posso», porque precisava de manter a calma para organizar tudo.
Num tom seco e controlado respondeu: «Sinto muito, mas chorar não posso», mostrando que o sofrimento era real, embora contido.
Depois de anos de luta, ao ver o fim inevitável, murmurou: «Sinto muito, mas chorar não posso» — cansado e sem forças para lágrimas.

Não chores sobre o leite derramado (não vale a pena lamentar o que já aconteceu)
Quem não chora, não mama (referência a necessidades emocionais ou práticas)
A dor muda, não acaba (sobre o luto e o tempo)

Chorar pode ser saudável: ajuda a processar emoções e reduzir o stress.
A incapacidade de chorar pode indicar repressão emocional ou bloqueio, que nem sempre é desejável.
Mostrar sentimento pode aproximar outras pessoas e facilitar apoio; recusar chorar pode isolar.