Só aos pobres se faz justiça

Só aos pobres se faz justiça.

Observação crítica e irónica que aponta para a aplicação desigual da justiça consoante a condição social.

Versão neutra

A aplicação da justiça tende a variar conforme a condição social.

Este provérbio é literal ou irónico?
Costuma ser usado de forma irónica ou crítica para apontar desigualdades no acesso à justiça; raramente é uma afirmação literal e neutra.
Tem origem histórica conhecida?
Não há fonte documental clara que fixe uma origem específica; trata-se de uma expressão popular transmitida oralmente.
É adequado usar este provérbio num artigo académico?
Pode ser citado para ilustrar perceções públicas sobre desigualdade judicial, mas deve acompanhar-se de evidência empírica e contextualização para evitar generalizações.
O provérbio pode ofender?
Pode ser sensível, pois generaliza sobre grupos sociais e instituições; use-o com cautela em contextos formais.

Registo: coloquial; frequentemente usado de forma irónica ou crítica.
Contexto: debates sobre direito, desigualdade social, corrupção ou falhas institucionais.
Conotação: pode transmitir cinismo e desconfiança nas instituições; use com cuidado para não estigmatizar grupos.
Ambiguidade: pode ser interpretado de formas opostas — quer como crítica aos que privilegiam os ricos, quer como ironia sobre quem realmente recebe atenção da justiça.

Depois de ver o resultado do julgamento, comentou: «Só aos pobres se faz justiça», referindo-se ao ganho de processos menores e negligência em casos de grande interesse financeiro.
Num debate sobre reformas legais, um participante usou o provérbio para sublinhar que as leis muitas vezes favorecem os que têm recursos e influências.