Só Deus sabe o que está para vir

Expressa que o futuro é incerto e conhecido apenas por uma instância divina; usada para aceitar ou reconhecer a imprevisibilidade do que virá.

Versão neutra

Ninguém sabe o que o futuro trará

O provérbio implica que nada pode ser feito para mudar o futuro?
Não. O provérbio sublinha a incerteza do futuro, mas não invalida o planeamento, a preparação ou a ação humana para influenciar resultados.
É um provérbio religioso?
Tem conotação religiosa porque referencia Deus, mas é usado amplamente em contextos culturais e informais, tanto por crentes como por não crentes.
Quando é mais apropriado usá-lo?
Quando se quer expressar surpresa, resignação ou prudência face a acontecimentos imprevisíveis, ou para relativizar certezas sobre o futuro.

Geralmente usada para transmitir resignação, humildade ou cautela perante acontecimentos futuros.
Tem conotação religiosa por referir Deus; em contextos seculares pode ser substituída por equivalentes neutros.
Não impede planeamento ou ação — costuma servir como comentário sobre limites do controlo humano, não como conselho para a inércia.
Tom e intenção importam: pode ser consoladora (em perdas) ou prudente (ante riscos).

Depois daquele imprevisto na obra, o encarregado suspirou: «Só Deus sabe o que está para vir»; ainda assim pediu para verificar os riscos e preparar um plano.
Quando a equipa de futebol perdeu dois jogadores, os adeptos comentaram: «Só Deus sabe o que está para vir», mas os treinadores continuaram a trabalhar na estratégia.
Ao ouvir más notícias sobre a economia, ela disse: «Só Deus sabe o que está para vir», e lembrou a família a importância de poupar e diversificar rendimentos.

Planeamento e prevenção reduzem a incerteza: prever cenários e preparar respostas é prático mesmo quando o futuro é incerto.
A crença de que só uma força divina controla o futuro pode ser reconfortante para alguns, mas para outros pode justificar falta de ação — é importante equilibrar resignação com responsabilidade.
Informação, experiência e análise (por exemplo em negócios ou meteorologia) permitem antecipar e mitigar riscos, contrariando a ideia de imprevisibilidade total.