Tanto vale a coisa, quanto dão por ela.

O valor de algo é determinado pelo que alguém está disposto a pagar por ele.

Versão neutra

O valor de algo é aquilo que as pessoas estão dispostas a pagar por ele.

Quando se usa este provérbio?
Usa‑se ao comentar avaliações práticas de bens ou serviços, especialmente quando se quer apontar que o preço de mercado é o critério real de valorização.
Significa isto que o preço é o único critério válido para avaliar algo?
Não. O provérbio descreve uma observação prática do mercado; outros critérios — sentimental, ético ou intrínseco — também são válidos, dependendo do contexto.
É aplicável apenas a bens materiais?
Não. Pode aplicar‑se a serviços, obras de arte, coleccionáveis, e metaforicamente a reputação ou posições sociais, sempre que o reconhecimento ou pagamento de terceiros define o valor percebido.

Usa‑se para sublinhar que o preço ou aceitação de mercado define a avaliação prática de um objecto ou serviço.
Pode ter tom neutro, descritivo (observação económica) ou sarcástico (quando se desvaloriza algo que outrora foi considerado importante).
Não deve ser confundido com juízos de valor moral ou sentimental; refere‑se sobretudo a valor de mercado.
Aplicável a bens materiais, obras de arte, serviços, e, por extensão, à reputação ou posição social medidos pela aceitação/compra.

Comprámos o móvel numa feira por muito pouco; afinal, tanto vale a coisa quanto dão por ela — ninguém ofereceu mais.
O artista ficou desiludido com o preço alcançado no leilão, mas foi-lhe explicado que, no mercado, tanto vale a coisa quanto dão por ela.
No fim, o relógio antigo só entrou no museu porque alguém pagou bem por ele: tanto vale a coisa quanto dão por ela.
Quando um produto não encontra compradores, o comerciante reduz o preço — prova prática do provérbio: o valor segue o que dão por ele.

Valor intrínseco — alguns bens têm valor independente do preço de mercado (p. ex. património cultural).
Valor sentimental — objectos com significado pessoal não são adequadamente medidos pelo preço.
Custo de produção — o preço de venda pode ser inferior ao custo e, ainda assim, não reflectir o verdadeiro custo ou ética da produção.
Justiça e ética — pagar pouco por algo não justifica más condições laborais ou exploração.