Todo inimigo se há de temer, mormente o amor.

Todo inimigo se há de temer, mormente o amor.
 ... Todo inimigo se há de temer, mormente o amor.

Adverte para os riscos do amor, sugerindo que o amor pode tornar a pessoa vulnerável ou agir de forma mais perigosa que um inimigo declarado.

Versão neutra

Deve-se temer todo inimigo, sobretudo o amor.

Faqs

  • O que significa exactamente este provérbio?
    Significa que o amor pode criar vulnerabilidades e comportamentos imprevisíveis que, em certas circunstâncias, se revelam mais perigosos do que um inimigo declarado.
  • É um provérbio misógino ou antiamor?
    Não necessariamente; é um aviso genérico sobre riscos emocionais. Pode ser usado de forma cínica, mas também serve para sublinhar a importância da prudência em relações afetivas.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Em reflexões literárias, discussões sobre ética e relações, ou para advertir sobre decisões tomadas sob forte influência emocional. Deve evitar-se em contextos que pretendam celebrar o amor sem reservas.

Notas de uso

  • Estrutura antiga: 'se há de temer' = 'deve temer-se'; 'moremente' = 'sobretudo'.
  • Usa-se para alertar sobre os perigos emocionais do amor — ciúme, paixão irracional, manipulação ou traição.
  • Não implica que o amor seja sempre negativo; é um aviso sobre consequências possíveis quando não há cautela.
  • Adequado em contextos literários, reflexões morais ou discussões sobre relações; menos apropriado quando se quer valorizar o amor sem reservas.

Exemplos

  • Depois do escândalo, o professor citou o provérbio: «Todo inimigo se há de temer, mormente o amor», para explicar como a paixão tornara o político vulnerável à chantagem.
  • Quando a empresa decidiu investigar favoritismos internos, ouviu-se a observação: 'Todo inimigo se há de temer, mormente o amor', referindo-se à influência pessoal que comprometia decisões profissionais.

Variações Sinónimos

  • Deve-se temer todo inimigo, principalmente o amor.
  • Tema-se qualquer inimigo, mas ainda mais o amor.
  • Mais perigoso que um inimigo pode ser o amor.

Relacionados

  • O amor é cego.
  • Quem ama perde a razão.
  • Cuidado com o que o coração dita.

Contrapontos

  • O amor também é fonte de confiança, apoio e crescimento — um olhar exclusivamente desconfiado pode levar ao cinismo e ao isolamento.
  • Muitos argumentam que o provérbio exagera: o problema não é o amor em si, mas comportamentos tóxicos (ciúme extremo, manipulação) que podem surgir em quaisquer relações.

Equivalentes

  • inglês
    Every enemy should be feared, especially love.
  • espanhol
    Todo enemigo se ha de temer, sobre todo el amor.
  • latim (relacionado)
    Amor caecus est (O amor é cego) — expressão que capta a ideia de que o amor pode tornar-nos irracionais.