Todos os usos dão em abusos

Advertência de que qualquer prática ou permissão, se repetida ou deixada sem limites, tende a ser exagerada ou mal utilizada.

Versão neutra

Todo o uso tende a levar a abusos

Quando devo usar este provérbio?
Use-o ao justificar a introdução de limites, regras ou vigilância quando algo é permitido com facilidade e há risco de extrapolação ou abuso.
É um julgamento absoluto?
Não; é uma generalização retórica que expressa cautela. Existem exemplos em que o uso controlado não deriva em abuso.
Qual é o registo e o público apropriado?
Registo proverbial e coloquial. Adequado em conversa, opinião pública, e textos argumentativos; em contextos formais, explique com termos mais precisos.
Tem origem conhecida?
Não há fonte histórica específica associada a este formato; é uma formulação popular que sintetiza uma observação social.

Expressa desconfiança face à repetição ou liberalidade sem controlo; costuma ser usada para justificar limites ou regras.
Registo: proverbial e coloquial; serve como argumento em debates sobre regras, costumes ou políticas.
Não é uma regra científica: generaliza uma tendência social observada, não estabelece inevitabilidade.

Na reunião, a diretora lembrou que 'todos os usos dão em abusos' para justificar o novo código de conduta: era preciso evitar comportamentos que se tornassem permissivos.
Quando se liberalizou aquele benefício sem supervisionar, rapidamente surgiram problemas — confirma-se que todos os usos dão em abusos se não houver limites claros.
O professor advertiu os alunos: permitir pequenas faltas pode criar um mau hábito; todos os usos dão em abusos, por isso aplicaremos a regra consistentemente.

Nem todo uso conduz necessariamente a abuso: a existência de normas, fiscalização e educação pode prevenir excessos.
Algumas práticas, com regulação adequada, podem ser usadas sem degenerarem em abuso.
Generalizar pode levar a políticas excessivamente restritivas que impedem inovação ou adaptação.