Quando existirem homens sem defeitos, ver-se-ão governos sem abusos.
O provérbio sugere que os abusos do poder resultam das imperfeições humanas; só numa situação hipotética de pessoas perfeitas os governos seriam isentos de abusos.
Versão neutra
Não haverá governos sem abusos enquanto existirem pessoas com defeitos.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
Que os abusos do poder decorrem das imperfeições humanas e que só numa situação hipotética de pessoas sem defeitos esses abusos desapareceriam. - Este provérbio exime as instituições de responsabilidade?
Não; trata-se de uma observação sobre a natureza humana, mas não invalida a necessidade de instituições, leis e mecanismos que limitem abusos independentemente das falhas pessoais. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao discutir causas dos abusos de poder, para enfatizar a dimensão humana do problema, ou ironicamente quando se critica a exigência de líderes perfeitos. - Esta máxima tem uma origem conhecida?
A origem exacta não é fornecida aqui; a ideia figura em vários autores e comentários sobre poder e natureza humana, mas sem atribuição segura neste registo.
Notas de uso
- Emprega-se em comentários políticos para sublinhar que a corrupção ou o abuso de poder têm raiz nas falhas humanas.
- Pode ser usado de forma irónica para criticar a expectativa de perfeição em líderes ou instituições.
- Não pretende isentar sistemas e instituições de responsabilidade; refere sobretudo a limitação humana.
Exemplos
- Durante o debate, Maria lembrou: 'Quando existirem homens sem defeitos, ver-se-ão governos sem abusos', para justificar reformas que reduzam oportunidades de corrupção.
- No relatório interno, o diretor comparou a idealização de líderes perfeitos com o provérbio: 'Não podemos esperar governos sem abusos enquanto as pessoas falham; precisamos de controlos e transparência.'
Variações Sinónimos
- Enquanto houver gente com falhas, haverá governos com abusos
- Só quando os homens forem perfeitos acabarão os abusos do poder
- Não há governo sem falhas enquanto houver imperfeições humanas
Relacionados
- Poder tende a corromper (Lord Acton: 'O poder tende a corromper; o poder absoluto corrompe absolutamente.')
- A importância de freios e contrapesos nas instituições
- Provérbios que sublinham a imperfeição humana (ex.: 'Nem o rei nem o rei sem defeitos')
Contrapontos
- Argumento institucional: instituições bem desenhadas e mecanismos de responsabilização podem limitar abusos mesmo com líderes imperfeitos.
- Perspetiva optimista: educação e cultura cívica podem reduzir defeitos sociais e, por consequência, abusos políticos.
- Risco de determinismo: usar o provérbio para justificar inércia em reformas, alegando que os abusos são inevitáveis.
Equivalentes
- en
When there are men without faults, governments without abuses will be seen. - es
Cuando haya hombres sin defectos, se verán gobiernos sin abusos.