Tudo passa sobre a terra

Tudo passa sobre a terra.

Afirma a transitoriedade das coisas na vida terrestre: alegrias, tristezas e eventos acabam por passar.

Versão neutra

Nada é permanente na terra; tudo é passageiro.

De onde vem este provérbio?
A origem exacta não é conhecida; trata-se de um aforismo popular que ecoa ideias estoicas e expressões religiosas antigas sobre a transitoriedade (por exemplo, formações semelhantes em latim e em várias línguas europeias).
Posso usá-lo para consolar alguém que sofreu uma perda?
Sim, com cuidado. O provérbio pode oferecer perspetiva e consolo, mas é importante não minimizar o sofrimento nem substituir apoio prático por lugares-comuns.
Tem conotação religiosa ou fatalista?
Não necessariamente. Pode ser lido de forma religiosa, filosófica (estoica) ou simplesmente como observação prática sobre a mudança. Não implica que se deva aceitar passivamente todas as situações.
Em que registos se usa habitualmente?
Principalmente em contexto coloquial e em linguagem escrita reflexiva. Funciona bem em conversas informais, textos de opinião e como expressão proverbial em discursos.

Usado para consolar ou relativizar situações difíceis, lembrando que nada é eterno.
Registo coloquial e proverbial; adequado em conversas informais e reflexões filosóficas.
Não deve ser usado para minimizar traumas ou evitar responsabilidade — indica transitoriedade, não impunidade.
Pode servir como advertência tanto para quem sofre como para quem celebra, lembrando a mudança contínua.

Depois da tempestade financeira, lembrámos-nos que tudo passa sobre a terra e começámos a planear a recuperação.
Quando ela perdeu o emprego, o amigo consolou-a: «Não te desesperes — tudo passa sobre a terra.»
Num debate sobre moda e tendências, alguém comentou: «As modas vão e vêm; tudo passa sobre a terra.»

Algumas ações e decisões deixam consequências duradouras que não 'passam' facilmente.
Memórias individuais e colectivas, bem como estruturas sociais, podem persistir além de episódios concretos.
Usar o provérbio como justificação para não agir perante injustiças pode ser eticamente problemático.