Um rei a um reino convém; um sol, um Deus o sustém.
Afirma que a unidade — tanto na autoridade polÃtica (um rei para um reino) como na ordem espiritual (um Deus que sustém o mundo) — é apropriada e desejável para a estabilidade.
Versão neutra
Um reino funciona melhor com um só rei; do mesmo modo, há quem considere que um único Deus sustém a ordem do mundo.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que a unidade de autoridade tende a favorecer a ordem polÃtica e social, e sugere por analogia uma unidade espiritual; é uma valorização da coesão e da liderança clara. - É apropriado usar este provérbio em debates polÃticos actuais?
Pode ser citado para argumentar a favor de coordenação e clareza decisória, mas deve acompanhar‑se de explicação porque, isoladamente, não justifica regimes autoritários nem exclui princÃpios democráticos como prestação de contas e pluralismo. - Tem conotação religiosa?
A segunda parte refere‑se a Deus e confere uma dimensão espiritual; isso reflecte sensibilidades históricas, mas o provérbio pode ser usado também em sentido metafórico sem implicar crença teÃsta. - Deve ser evitado por ser antiquado?
Não é proibido, mas é antigo no tom e na linguagem; em contextos contemporâneos, usar‑o exige contextualização para evitar interpretações simplistas.
Notas de uso
- Usa‑se para defender a ideia de liderança centralizada ou de coerência institucional.
- Pode empregar‑se num registo histórico ou literário; em debates modernos convém clarificar que não justifica autoritarismo ou exclusão.
- Frequentemente é citado de modo metafórico para falar de ordens naturais ou de hierarquias percebidas como necessárias.
- Evita‑se o uso como argumento absoluto em contextos democráticos sem explicação adicional sobre representatividade e controlo de poderes.
Exemplos
- Na discussão sobre unificação administrativa, o historiador citou: «Um rei a um reino convém; um sol, um Deus o sustém», para explicar a preferência por uma autoridade central forte em perÃodos medievais.
- Quando o conselho se dividia em posições contraditórias, o presidente usou o provérbio ironicamente: «Um rei a um reino convém», para sublinhar que era preciso uma decisão clara e única.
- Num debate sobre identidade cultural, alguém invocou a segunda parte do provérbio («um sol, um Deus o sustém») para destacar a importância de sÃmbolos partilhados, mas outro orador contrapôs‑o defendendo pluralidade religiosa.
Variações Sinónimos
- Um rei para um reino
- Um rei convém ao reino; um Deus ao mundo
- Um só rei e um só reino
- Um só soberano para um só reino
Relacionados
- Muitos cozinheiros estragam o caldo (sobre risco de múltiplas chefias)
- Onde há muitos donos não há ordem
- Cada qual no seu lugar (valorização da função definida)
Contrapontos
- Mais cabeças pensam melhor — argumento a favor da liderança partilhada e da deliberação colectiva.
- A pluralidade evita abusos — defesa de sistemas com checks and balances em oposição à autoridade única.
- Diversidade de vozes fortalece decisões — valoriza contributos múltiplos em vez de centralização.
Equivalentes
- inglês
Too many cooks spoil the broth. (Enfatiza o perigo de múltiplas pessoas no comando; aproximação ao sentido prático do provérbio.) - espanhol
Muchos cocineros estropean la sopa. (Equivalente popular sobre a inconveniência da multiplicidade de chefias.) - francês
Trop de cuisiniers gâtent la sauce. (Provação similar quanto a excesso de direcção.)