Um ruim conhece outro.
Pessoas com más qualidades ou más intenções reconhecem outras semelhantes; indica identificação entre indivíduos de conduta parecida.
Versão neutra
Uma pessoa com más intenções reconhece outra com as mesmas intenções.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa-se para indicar que uma pessoa reconhece em outra comportamentos ou intenções semelhantes às suas; aparece em contextos de acusação, desconfiança ou crítica social. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Pode ser: tem um tom acusatório e implica julgamento moral. Deve ser usado com cautela, sobretudo em contextos formais ou quando não há provas. - Significa sempre que quem reconhece é mau?
Não necessariamente. A expressão sugere essa leitura, mas reconhecer semelhanças não prova maldade; pode também reflectir empatia ou partilha de experiência.
Notas de uso
- Usa-se para sugerir que alguém que acusa ou desconfia de outro pode partilhar qualidades semelhantes.
- Emprega-se frequentemente em tom acusatório ou irónico; pode servir como defesa por inversão da acusação.
- Registo: coloquial; adequado em conversas informais, críticas sociais ou comentários morais.
- Cuidado: pode reforçar estereótipos e justificar julgamentos por associação sem prova.
Exemplos
- Quando o empresário o acusou publicamente, o visado respondeu: «Um ruim conhece outro», insinuando que também havia culpa do acusador.
- No bairro comentavam que o novo grupo não se dava bem com os vizinhos, porque um ruim conhece outro e acabaram isolados.
- Durante a reunião, ela evitou responder diretamente e disse: «Um ruim conhece outro», sugerindo que o colega também tinha interesses duvidosos.
Variações Sinónimos
- Quem é mau reconhece outro mau
- Quem tem más intenções reconhece iguais
- Mau reconhece mau
Relacionados
- Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és
- Tal pai, tal filho
- Cada macaco no seu galho
Contrapontos
- Reconhecer traços semelhantes não prova que alguém seja culpado ou desonesto; pode ser observação superficial.
- A expressão pode ser usada para desviar uma acusação legítima e transformar o debate em ataque pessoal.
- Nem sempre a semelhança é moral: pessoas com experiências semelhantes podem identificar-se por empatia, não por maldade.
Equivalentes
- inglês
It takes one to know one. - espanhol
El que es malo, reconoce a otro malo.