Uns morrem outros nascem; mas o jogo não se acaba jamais.
Provérbios Hindus
Expressa a ideia de continuidade e substituição: enquanto uns desaparecem ou falham, outros surgem, e a actividade (ou a vida) segue em frente.
Versão neutra
Alguns morrem, outros nascem; a vida (ou a actividade) continua.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que, apesar de perdas ou mudanças, as coisas continuam: pessoas, papéis e actividades são substituíveis e a vida prossegue. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em discussões sobre continuidade institucional, profissional ou de processos naturais, quando se pretende enfatizar que a actividade não pára. Evitar em contactos de luto ou conversas que exigem sensibilidade. - Pode ser ofensivo dizer isto a alguém que sofreu uma perda?
Sim. A expressão pode parecer redutora ou insensível, porque trata a perda como algo facilmente substituível. Recomenda-se empatia e formulações mais atenciosas nesses casos.
Notas de uso
- Usa-se para relativizar perdas, mudanças ou substituições em contextos sociais, profissionais ou naturais.
- Tom: pode ser coloquial e até lacónico; não é indicado em situações de luto ou quando se pretende mostrar empatia.
- Registo: comum em linguagem informal e jornalística; em contextos formais recomenda-se formulação mais sensível (por exemplo, «a organização irá continuar»).
- Pode ter um sentido pragmático (substituição prática) ou filosófico (ciclo da vida), consoante o contexto.
Exemplos
- Após a saída de vários jogadores, o treinador lembrou: «Uns morrem, outros nascem; mas o jogo não se acaba jamais» — a equipa tem de seguir em frente.
- Quando uma empresa perdeu uma filial, o diretor comentou com frieza: «Uns morrem outros nascem; mas o jogo não se acaba jamais», sublinhando que o mercado continua a movimentar-se.
- Falando sobre espécies que desaparecem e outras que aparecem, o biólogo disse que, apesar das extinções locais, os ecossistemas mudam: «Uns morrem, outros nascem; mas o jogo não se acaba jamais.»
Variações Sinónimos
- Uns vêm, outros vão.
- A vida continua.
- A roda da vida não pára.
- Quando uma porta fecha, outra abre.
Relacionados
- A vida é uma roda.
- O mundo não pára.
- Cada geração traz o seu.
Contrapontos
- Cada pessoa é insubstituível — a expressão pode desvalorizar a perda individual e ser insensível em contextos de luto.
- Nem sempre a substituição é direta ou justa; a continuidade da actividade não garante recuperação do afecto ou do valor perdido.
- Existem situações em que o ‘jogo’ realmente termina (colapso de um projecto, fim de uma instituição), pelo que a expressão pode ser inadequada ou errada.
Equivalentes
- inglês
Some die, others are born; the game goes on. / The show must go on. - espanhol
Unos mueren, otros nacen; la vida sigue. - francês
Les uns meurent, d'autres naissent ; le jeu continue.