Visto isto e ós actos, quem comeu escusa de pratos
Visto isto e ós actos, quem comeu escusa de pratos
Face aos factos consumados, quem já beneficiou fica dispensado de justificações ou reparações; o dito sublinha que, depois do ocorrido, discutir pouco adianta.
Versão neutra
Visto isto e os actos, quem comeu escusa de pratos.
Faqs
Qual é o sentido literal desta frase? Literalmente refere-se a que, perante o que se viu e os actos praticados, quem já comeu fica dispensado de pratos — uma imagem para dizer que, depois do feito, não vale a pena exigir formalidades ou reclamações.
É um provérbio ainda usado atualmente? É de registo arcaico e pouco comum na fala moderna; no entanto a ideia subjacente é corrente e pode ser expressa com fórmulas mais contemporâneas.
Quando devo usar este provérbio? Use-o em contextos informais para indicar aceitação pragmática de factos consumados e a inutilidade de prolongar discussões sobre responsabilidades, tendo em conta que pode soar resignado.
Notas de uso
Expressão arcaica: ortografia e sintaxe são antigas (ex.: 'ós' = 'os').
Usa-se para aceitar uma situação já consumada e dispensar mais discussões sobre responsabilidades ou formalidades.
Tom pragmático e resignado; pode soar rude ou coloquial conforme o contexto.
Não indica necessariamente aprovação do acto, antes conveniência de não insistir em reclamações quando o resultado é evidente.
Exemplos
O contrato já foi assinado e o dinheiro recebido; visto isto e os actos, quem comeu escusa de pratos — não adianta insistir em culpas antigas.
Depois da festa e de a comida ter desaparecido, o dono da casa disse que ‘visto isto e os actos, quem comeu escusa de pratos’ e preferiu virar a página.
Variações Sinónimos
Visto isto e os actos, quem comeu, escusa de pratos
O que está feito está feito
Depois do facto consumado, pouco há a discutir
Relacionados
Não chores o leite derramado
O que está feito, está feito
Não vale chorar sobre o que passou
Contrapontos
Mais vale prevenir do que remediar (sublinha a importância de evitar em vez de aceitar)
Justiça tardia não é justiça (argumenta pela necessidade de responsabilização mesmo depois dos factos)