A água corre para o mar, e as coisas para o seu natural.
Provérbios Latinos
Expressa a ideia de que as coisas tendem a seguir o seu curso natural ou a regressar ao seu estado ou lugar próprios.
Versão neutra
As coisas tendem a seguir o seu curso natural.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que as coisas costumam seguir o seu curso ou regressar ao seu estado e lugar próprios; descreve uma tendência percebida como natural ou inevitável. - Quando é apropriado usá‑lo?
Quando se quer sublinhar que um resultado era expectável por corresponder à natureza das coisas ou das pessoas, ou para aceitar um desfecho como inevitável. - Este provérbio tem tom fatalista?
Pode ter um tom fatalista, mas nem sempre. Pode simplesmente observar regularidades; o contexto e a intenção do falante determinam se é resignado ou descritivo. - Posso usá‑lo para justificar não agir?
Não é recomendável. Embora descreva tendências, não serve de argumento para justificar passividade perante situações que podem e devem ser alteradas.
Notas de uso
- Usa‑se para comentar acontecimentos que parecem inevitáveis ou conformes à natureza das coisas.
- Tem um tom descritivo ou fatalista; convida à aceitação do curso natural dos acontecimentos.
- Convém evitar usá‑lo como desculpa para falta de ação quando é possível intervir para evitar um resultado indesejado.
- É apropriado tanto em registo coloquial como em contextos escritos onde se discute comportamento, caráter ou processos naturais.
Exemplos
- Depois de muitos anos a tentar mudar de profissão, acabou por regressar ao antigo emprego: a água corre para o mar, e as coisas para o seu natural.
- Tentámos evitar que a discussão aumentasse, mas o conflito retomou o seu rumo — às vezes convém aceitar que as coisas seguem o seu natural.
- Quando a empresa cortou custos, muitos regressaram às actividades tradicionais da família; a água corre para o mar.
Variações Sinónimos
- Água vai ao mar
- Cada coisa no seu lugar
- O que é seu volta
- Tudo vai dar ao mesmo
Relacionados
- Cada coisa no seu lugar
- O curso natural das coisas
- Destino e inevitabilidade em provérbios populares
Contrapontos
- Nem tudo é inevitável — a intervenção humana pode alterar o «curso natural» das coisas.
- Usar o provérbio para justificar passividade ou omissão perante injustiças não é aconselhável.
- Em contextos sociais e políticos, «o natural» pode ser construído culturalmente, não intrínseco.
Equivalentes
- inglês
Water runs to the sea; things return to their natural state. - espanhol
El agua vuelve al mar; las cosas vuelven a su estado natural. - francês
L'eau va à la mer, et les choses retrouvent leur état naturel.