A arma do boi é o desgosto do homem.

O que serve ou pertence a alguém (uma ferramenta, animal ou recurso) pode também causar-lhe perda ou sofrimento.

Versão neutra

O que serve ao homem, como um animal ou uma ferramenta, pode também causar-lhe desgosto.

O que significa exactamente este provérbio?
Significa que aquilo que serve, pertence ou dá vantagem a alguém — como um animal, ferramenta, pessoa ou recurso — pode também, se mal utilizado, falhar ou causar prejuízo.
Quando devo usar este provérbio?
Use‑o ao alertar para riscos inerentes a bens, responsabilidades ou relações de confiança: por exemplo, sobre dependência excessiva de uma máquina, investimento ou pessoa.
É um provérbio de uso comum hoje em dia?
É reconhecível, sobretudo em contextos rurais ou formais, mas pode soar arcaico em conversas urbanas. A ideia subjacente continua atual e aplicável.
Há uma interpretação positiva?
Sim. Em vez de evitar o recurso, pode motivar manutenção, controlo e gestão do risco para evitar que o 'serviço' se torne prejuízo.

Provérbio de matriz rural; refere-se literal e metaforicamente ao boi (ou ao animal de trabalho) cujos chifres/força podem ferir o proprietário.
Usado como aviso de prudência: activos e instrumentos trazem benefício, mas também risco.
Aplica-se a relações pessoais, negócios, tecnologia e investimentos: aquilo que sustenta pode tornar-se causa de prejuízo se mal gerido.
Tom tradicional; pode soar arcaico em contextos urbanos, pelo uso de 'boi' como referência principal.

O trator antigo já causou mais de uma avaria grave: a arma do boi é o desgosto do homem — às vezes o próprio equipamento vira fonte de prejuízo.
Investir tudo numa única empresa pode funcionar por anos, mas quando as coisas correm mal, aquilo que sustentava o investidor torna-se a sua ruína.
Confiar cegamente num empregado sem supervisionar pode ser perigoso — a mesma pessoa que ajuda no dia a dia pode provocar um grande problema.

Muitos bens e ferramentas são essenciais para o sustento; a solução é gestão e manutenção, não rejeitá‑los por medo.
O provérbio alerta para o risco, mas não nega o valor do recurso: avaliação e precaução mitigam o perigo.
Nem tudo o que pertence a alguém lhe faz mal; pode ser também fonte de segurança e rendimento.