A disposição para ajudar os outros deve começar pelo cuidado e responsabilidade para com a própria pessoa e, por extensão, com a família ou círculo próximo.
Versão neutra
Ajudar os outros começa por cuidar de nós próprios.
Faqs
Significa isto que devo ser egoísta? Não necessariamente. O provérbio enfatiza prudência e autocuidado: só quem tem recursos e estabilidade pode ajudar de forma eficaz e duradoura.
Posso usar esta frase para recusar ajudar estranhos? Depende do contexto. Serve como justificativa legítima em situações de limitação pessoal, mas também pode ser vista como desculpa injustificada se usada para evitar responsabilidade social.
Tem origem religiosa ou literária conhecida? A expressão é popular e tem equivalentes noutras línguas (por exemplo, em inglês). Não existe uma origem única claramente documentada associada apenas a esta formulação em português.
Notas de uso
Usa-se para sublinhar a importância do auto-cuidado e da responsabilidade doméstica antes de assumir compromissos externos.
Não implica necessariamente egoísmo; refere-se também a garantir recursos — tempo, saúde, estabilidade financeira — para poder ajudar de forma sustentável.
Pode ser empregue em contextos práticos (finanças, saúde, voluntariado) ou em debates morais sobre prioridades.
Cuidado: é frequentemente citado como justificação para limitar ajuda a familiares, pelo que o contexto determina se a frase tem sentido crítico ou prudente.
Exemplos
Antes de se comprometer com voluntariado em várias organizações, ela lembrou-se de que a caridade começa por nós próprios e tratou primeiro da sua saúde mental.
Quando a família enfrentou dificuldades financeiras, ele concentrou-se em estabilizar o orçamento doméstico, partindo do princípio de que a caridade começa por nós próprios.
Variações Sinónimos
A caridade começa em casa
A ajuda começa por nós próprios
Começa por cuidar de si para poder cuidar dos outros
Primeiro trata de ti, depois dos outros
Relacionados
Não se pode dar o que não se tem (expressão relacionada à ideia de recursos limitados)
Quem cuida de si, pode cuidar melhor dos outros (princípio complementar)
Contrapontos
Pode ser usada para justificar negligência para com pessoas fora do círculo próximo — interpretação que limita a solidariedade.
Nem sempre é aplicável em situações de emergência social: há casos em que exigir primeiro a autoestabilidade impede respostas urgentes a quem precisa.
Também se discute que, em sociedades desiguais, a responsabilidade individual não substitui respostas colectivas ou políticas.