A despeito dos médicos viveremos até morrer
Expressa um fatalismo ou ironia perante prognósticos médicos: independentemente do que os médicos digam, a vida seguirá o seu curso até à morte.
Versão neutra
Mesmo que os médicos prevejam o contrário, a vida seguirá o seu curso até à morte.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, independentemente dos avisos ou prognósticos dos médicos, a vida seguirá o seu curso até à morte; geralmente transmite fatalismo ou ironia. - É apropriado dizer isto a um doente?
Não é apropriado em situações clínicas sérias, porque pode ser interpretado como insensível ou encorajar a negligência quanto a tratamentos essenciais. - Tem origem conhecida?
A origem específica não é conhecida; trata-se de uma construção popular que capitaliza a ideia tradicional de fatalismo perante a morte e prognósticos. - É um provérbio anti-ciência?
Nem sempre. Pode ser usado ironicamente ou como expressão de resignação; contudo, lido literalmente, pode refletir desconfiança perante a medicina.
Notas de uso
- Uso coloquial e muitas vezes irónico; pode ser dito com humor ou para desvalorizar prognósticos alarmistas.
- Não é recomendável em contextos clínicos sérios, onde pode sugerir desrespeito por cuidados ou negligência perante tratamentos necessários.
- Frequentemente usado por pessoas que valorizam autonomia pessoal ou minimizam riscos, especialmente entre idosos.
- Dependendo do tom, pode transmitir resignação (fatalismo) ou desafio (desacordo com previsões).
Exemplos
- Quando o médico lhe disse que devia reduzir o ritmo, ele sorriu e respondeu: «A despeito dos médicos viveremos até morrer», e continuou a trabalhar menos horas por dia.
- Disseram-lhe que precisava de uma operação; ela suspirou e comentou em tom de brincadeira: «A despeito dos médicos viveremos até morrer», mas aceitou a cirurgia por precaução.
Variações Sinónimos
- A despeito dos prognósticos, viveremos até morrer
- Contra os médicos, viveremos até morrer
- Mesmo que os doutores digam o contrário, viveremos até morrer
Relacionados
- A morte é certa, a hora incerta
- Enquanto há vida há esperança
- Quem não arrisca não petisca (uso para contraste entre risco e prudência)
Contrapontos
- Ignorar recomendações médicas pode agravar doenças ou reduzir a qualidade de vida; conselhos profissionais são baseados em evidência e estatísticas.
- O provérbio pode subestimar a importância da prevenção e do tratamento precoce, que muitas vezes prolongam ou melhoram a vida.
- Tomado literalmente, promove um fatalismo que pode ser prejudicial em decisões de saúde pública e individuais.
Equivalentes
- inglês
In spite of the doctors, we'll live until we die. - espanhol
A pesar de los médicos, viviremos hasta morir. - francês
Malgré les médecins, nous vivrons jusqu'à mourir.