À falta de um coveiro vai um oleiro
Quando não há a pessoa indicada para uma tarefa, recorre‑se a alguém disponível, embora menos adequado.
Versão neutra
Quando falta um especialista, recorre‑se a quem estiver disponível.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que, na ausência da pessoa mais adequada para uma tarefa, recorre‑se a quem estiver disponível, mesmo que não seja a solução ideal. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Em contextos informais para descrever adaptações ou soluções provisórias. Evite usá‑lo em situações sensíveis, como luto, ou onde seja necessária especialização. - Tem uma origem conhecida?
A origem exacta não é documentada aqui; trata‑se de um provérbio popular que contrasta duas ocupações para ilustrar a ideia de substituição improvisada. - É ofensivo?
Normalmente não é ofensivo, mas pode ser insensível se usado em referência directa a funerais ou a pessoas em luto. Use com cuidado.
Notas de uso
- Uso coloquial e muitas vezes humorístico ou irónico.
- Refere-se tanto a situações práticas (um trabalhador substitui outro) como a contextos figurados (alguém assume uma função para «safar» a situação).
- Pode implicar que a solução é provisória ou subótima; não é recomendável em contextos que exijam especialização (saúde, direito, segurança).
- Por fazer referência a funções funerárias, use com cuidado para não ser insensível em situações de luto.
Exemplos
- Houve uma ausência no turno e, como ninguém mais podia entrar, chamaram o assistente administrativo para ajudar na logística — à falta de um coveiro vai um oleiro.
- Na obra, o pedreiro teve de se ausentar e o ajudante teve de dirigir os trabalhos; à falta de um coveiro vai um oleiro — fez‑se o que era preciso para não parar.
- O departamento ficou sem técnico de TI e o responsável pelo gabinete tentou resolver os problemas por chamada: quando não há especialista, recorre‑se a quem estiver disponível.
Variações Sinónimos
- Se não há coveiro, vai um oleiro
- A falta de um coveiro faz ir um oleiro
- Quando falta o especialista, dá‑se com o que há
- Quem não tem cão, caça com gato
Relacionados
- Quem não tem cão, caça com gato
- Faz‑se o que se pode
- Beggars can't be choosers (sentido próximo em inglês)
Contrapontos
- Nem sempre uma substituição improvisada é aceitável; em profissões técnicas ou de risco é preferível adiar ou procurar um especialista.
- O provérbio pode ser usado de forma depreciativa para justificar incompetência ou falta de planeamento.
Equivalentes
- Francês
Faute de grives, on mange des merles. - Inglês
Any port in a storm. - Espanhol
A falta de pan, buenas son tortas.