A galinha o bicho come; a mulher dá que falar.
Contrasta algo que passa despercebido com o facto de uma mulher provocar comentários; resume uma observação sobre a rapidez da fofoca e o tratamento diferenciado dado às mulheres.
Versão neutra
Coisas discretas passam despercebidas; quando uma mulher está envolvida, tende a gerar conversas e comentários.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Afirma que assuntos discretos podem passar despercebidos, enquanto a implicação de uma mulher tende a gerar mais conversa e rumores. - É ofensivo usar este provérbio hoje em dia?
Muitos consideram-no antiquado e sexista, porque generaliza sobre o comportamento das mulheres. Recomenda‑se cautela e evitar o uso em contextos formais ou sensíveis. - Quando era usado este provérbio?
Era e é usado em contextos populares, muitas vezes em trocadilhos ou comentários de ocasião, sobretudo em comunidades pequenas onde a reputação e a fofoca têm impacto social. - Há alternativas menos ofensivas?
Sim — usar expressões que critiquem a fofoca em geral, como «a fofoca corre depressa» ou «os boatos espalham‑se», preserva o sentido sem atribuir‑o a um género.
Notas de uso
- Frequentemente usado de forma jocosa ou pejorativa para justificar ou explicar conversas e rumores sobre mulheres.
- Mais comum em gerações mais velhas; em contexto contemporâneo é considerado por muitos como sexista.
- Serve para comentar situações em que um facto discreto é ignorado enquanto a implicação de uma mulher gera atenção e rumores.
- Pode ser usado ironicamente para criticar a própria propensão à fofoca.
Exemplos
- Quando a notícia lá do bairro chegou, ouvi alguns dizerem: «A galinha o bicho come; a mulher dá que falar», referindo‑se ao excesso de comentários sobre a vizinha.
- Ela repetiu o provérbio com tom de brincadeira, mas eu respondi que era antiquado: «A galinha o bicho come; a mulher dá que falar» já não justifica rumores.
- Usado ironicamente: «Não é nada de especial, mas tu vais ver — a galinha o bicho come; a mulher dá que falar.»
Variações Sinónimos
- A mulher dá que falar.
- Galinha o bicho come, mulher dá que falar.
- Quando é a mulher, dá que falar.
Relacionados
- Quem conta um conto acrescenta um ponto.
- Quem muito fala, muito erra.
- Boatos espalham-se depressa (ditado sobre fofoca).
Contrapontos
- Generaliza e perpetua um estereótipo de que as mulheres são mais propensas a causar ou a ser alvo de fofoca — abordagem hoje contestada.
- A atenção sobre certas pessoas depende mais de fatores sociais e de poder do que do género; assim, o provérbio simplifica realidades complexas.
- Em contextos profissionais e públicos, repetir este provérbio pode ser interpretado como discriminatório.
Equivalentes
- inglês
No exact equivalent; approximate idea: "Gossip travels fast." - espanhol
No hay equivalente exacto; traducción literal usada: «La gallina la come el bicho; la mujer da que hablar.» - francês
Idéia aproximada: «Les commérages vont vite.»